A Honda tem uma grande responsabilidade toda vez que faz alguma mudança na CG. Ela é a moto mais vendida do Brasil, um ícone desde 1976, quando foi lançada por aqui, e uma moto muito usada no trabalho, o que demanda uma robustez acima da média. Porém, mesmo com essa dura missão, a Honda não tem falhado, e a cada renovação, deixa o modelo mais interessante. Agora, na nova geração, além do visual refeito, o novo motor de 160 cm³ é a principal novidade.
Ele chega para atender às novas normas de emissões de poluentes que passam a vigorar em janeiro de 2016 e é o mesmo já adotado na Bros. Assim como na pequena cross, ele dá agilidade à CG e mostra uma boa diferença em relação ao motor de 149,2 cm³ usado antes. O pistão único foi trabalhado para escorregar melhor dentro do cilindro e isso diminuiu a vibração, o que melhorou o conforto da moto em baixa rotação, ou seja, no uso urbano e trânsito, local onde ela é tradicionalmente mais usada.
A potência saltou de 14,3 cv a 8.500 rpm para 15,1 cv a 8 mil giros, enquanto o torque foi de 1,45 mkgf a 6.500 rpm para 1,54 mkgf a 6 mil rpm. O câmbio é o mesmo de cinco marchas. Com isso ela não ganhou mais velocidade final, mas é preciso “esgoelar” menos o acelerador para fazer ultrapassagens.
O visual também foi todo retrabalhado, sempre buscando a CB 1000R, naked de topo da marca. A traseira ficou mais inclinada e fina e há acabamento colorido na carenagem do farol da Fun e outro desenho no da Titan. Já a carenagem lateral da Titan está mais larga, aumentando o porte da moto. Mas todas essas mudanças (apenas chassi, bengalas e freios são os mesmo da antiga) têm um preço, e a CG ficou em média R$ 600 mais cara, vendida por R$ 7.990 na versão 160 Fan e R$ 9.290 na 160 Titan.
Pop 110i muda muito e para melhor.A pequenina Pop também ganhou nova geração. Mas nela, as mudanças de motor e visual são ainda mais significativas. Com o novo nome de Pop 110i, a moto tem agora um motor de 109,1 cm³, com injeção eletrônica, que gera 7,9 cv a 7.250 rpm e 0,9 mkgf a 5 mil rpm.
Esse aumento de quase 2 cv (era 6,17 cv antes) e a saída do carburador fizeram muita diferença no comportamento da moto, que agora anda muito mais e de forma muito linear, sem buracos nas acelerações.
O desenho da Pop, antes muito simplório, também recebeu uma bela melhorada, principalmente na parte traseira, muito mais moderna agora. Há um detalhe interessante na carenagem também, que é o nome da moto em baixo relevo, que dá um toque de personalidade. Com as mudanças, o preço da Pop também subiu, e foi de R$ 4.637 para R$ 5.100.