A segunda geração da Yamaha XTZ 250 Lander chega às lojas na segunda quinzena de janeiro. O modelo lançado uma década atrás ganhou sua primeira mudança profunda.
O preço, que será divulgado apenas no lançamento para as revendas, deve permanecer inferior ao da principal rival, XRE 300. A moto da Honda também acabou de ganhar uma segunda geração e parte de R$ 18.200.
Agora, a Lander vai se tornar o único produto em um segmento no qual a Yamaha trabalhava com duas motocicletas nos últimos anos. Com seu lançamento, além da antiga Lander, sai de linha também a Ténéré 250.
Entre as novidades estão o visual, uma justa homenagem a agora aposentada XT 660 R. Sai o estilo de motocross, com corpo plástico esguio, e entra uma carenagem mais larga- e que dá uma aparência de moto maior à Lander 250. As aletas do tanque têm o mesmo formato que tinham na XT, assim como o novo farol, de LEDs. O tanque, que tinha 11 litros, passou para 13,6 litros.
O banco estreito e fino deu lugar a um novo – mais largo e confortável, que é posicionado em dois níveis. Isso coloca o modelo em um estilo das motos big trail. O posicionamento do guidom e das pedaleiras também é bem confortável para rodar longos trechos.
O painel de instrumentos passou pela mesma atualização que foi feita na Fazer 250. Manteve o formato e o visual, mas ganhou novas funções: consumo médio e instantâneo. O sistema antitravamento (ABS) é apenas roda dianteira. E a suspensão perdeu curso. Antes eram 240 mm na dianteira e 220 na traseira. Agora a Lander 250 oferece 220 mm na frente e 204 atrás.
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Nem tudo é novo na Lander 250
Por mais que chamemos a Lander de nova geração, nem tudo é nova nessa motocicleta. Chassi e motor são os mesmos da antiga versão. O que não é de todo ruim, já que é um conjunto bom e confiável. A novidade está no subchassi, que foi reforçado para aguentar mais peso. Agora, a Lander 250 aguenta até 7 kg de carga.
O motor é o monocilíndrico e flexível de 249,5 cm³ com duas válvulas e arrefecido a ar. O comando é simples. Ele rende os mesmos picos de 20,9 cv e 2,1 mkgf com etanol que já oferecia anteriormente. O câmbio de cinco marchas também é o mesmo e com a mesma relação. A mudança foi a adoção de um novo bico de injeção de combustível, o que tornou a moto mais econômica, segundo a Yamaha.
Mais conforto para longas distâncias
O maior ganho da segunda geração da Lander 250 é o conforto. O trecho de avaliação com cerca de 200 km de estradas e ruas mostrou como a ergonomia melhorou para quem busca um modelo no uso diário e também para viagens curtas.
A posição de pilotar agrada e o banco tem largura e espessura ideais, o que garante conforto por todo o trajeto. A suspensão, mesmo tendo perdido capacidade em números, consegue lidar bem com buracos e também com estradas de terra batida que fizeram parte do trajeto.
O motor consegue entregar um bom rendimento e é suficiente para manter 120 km/h na estrada. Contudo, é preciso ter o “timing” ideal para fazer ultrapassagens, já que as retomadas não são tão vigorosas e é preciso reduzir marchas bem para encher o motor.
Para quem usa a moto mais na cidade ou no asfalto em geral, uma boa e bem-vinda mudança foram os pneus. Saíram os antigos Metzeler Enduro, com uma pegada mais off-road, e entraram os Metzeler Tourance, que tem desenho mais urbano. A vantagem é que geram menos ruído no uso urbano, sem prejudicar o uso no fora de estrada.
O ponto negativo fica por conta dos freios. Com discos simples de 246 mm na frente e 203 mm atrás, tem o sistema ABS apenas na roda dianteira. Segundo a Yamaha, a decisão foi por uma questão de custo do projeto. Independentemente disso, o funcionamento continua pouco progressivo e é preciso colocar muita força no manete ou no pedal para que a pressão ideal de frenagem seja aplicada, como já ocorria com a Lander anterior. Uma mudança que pode atenuar o comportamento é a adoção de mangueiras flexíveis de aço no freio – o famoso aeroquip.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
249,5, 1 CIL., 2v, FLEXÍVEL
POTÊNCIA*
20,9 CV A 8.000 RPM
TORQUE*
2,1 MKGF A 6.500 RPM
CÂMBIO
5 MARCHAS
TANQUE
13,6 LITROS