A Yamaha começa a vender no Brasil a segunda geração da MT-07. Tabelada a R$ 33.790, a naked (sem carenagem) feita em Manaus é praticamente uma “fun bike”, ou seja, não é indicada para principiantes ou para quem usa a moto no dia a dia. Não por ser ruim, ao contrário, mas como é muito arisca requer experiência e paciência para ser domada.
O dois-cilindros de 689 cm³, que gera 74,8 cv a 9.000 rpm, não é o mais potente da categoria e os 6,9 mkgf de torque surgem às 6.500 rpm. Mas, como a moto é leve – pesa 183 kg – e o câmbio é curto, à exceção da sexta marcha, as respostas são sempre “nervosas”. Para um rodar redondo, o giro do motor deve ser mantido alto o tempo todo. No anda e para do trânsito urbano, isso pode irritar.
Já na estrada e em pista, essa Yamaha é show. As arrancadas são vigorosas, assim como a entrega de potência, muito mais linear que no modelo anterior.
O segredo é a tecnologia batizada pela marca de Crossplane. O virabrequim do motor inclinado a 270 graus produz detonação individual nos dois cilindros. Como não há queda de giro mesmo em baixa rotação, a moto fica muito esperta. Não por acaso, a MT-07 foi escolhida pelo piloto brasileiro Rafael Paschoalin para disputar a dificílima subida de montanha Pikes Peak, no Estado do Colorado, nos EUA.
MT-07 mais confortável
Para melhorar o conforto, um ponto fraco da moto anterior, o banco está mais largo na parte próxima ao tanque. Isso permite que mesmo pilotos baixos encaixem bem as pernas – a naked é alta. O assento também está menos duro.
As suspensões são novas e, segundo a Yamaha, mais esportivas. Os garfos ficaram mais duros na dianteira e a traseira ganhou monoamortecimento com retorno de mola. Na prática, a moto ficou mais estável em alta velocidade, com menos balanço na frente e menor transferência de impactos para a lombar do piloto.
No visual, o farol mais encorpado ficou parecido com o da “irmã” maior MT-09. Além disso, o aspecto das carenagens está mais robusto.