Há alguns anos, os esforços da indústria automotiva brasileira se baseavam em criar carros mais baratos e acessíveis, pensamento que vinha da Europa e ganhava força em outros continentes, como a Índia, com a Tata, que queria fazer o carro mais barato do mundo e fez. O Nano, um fiasco!
Até pequenos SUVs começaram a ser cogitados, tarefa só concluída de certa forma por Renault, com o Kwid, e Honda, com o WR-V. Porém, foram os modelos mais caros, acima de R$ 80 mil, que começaram a ganhar terreno e gerar mais lucratividade para as montadoras.
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Esta mudança de rumo será a responsável por uma enxurrada de SUVs da Volks, um utilitário da Toyota e até mesmo picapes de marcas nunca que fizeram uma, como Mercedes e Hyundai.
Crider pode ser mais um destes carros caros
Agora é a vez da Honda flertar com este movimento ao registrar no Brasil, no INPI, o Crider, um sedã de origem chinesa que ficaria entre o Civic e o City, mais especificamente o tamanho do Civic e a simplicidade maior do City. É um modelo que, se vier (o registro, apenas, não confirma isso e nem a Honda, pelo menos não nos próximos dois anos), custaria cerca de R$ 85 mil, caro para o poder aquisitivo brasileiro.
Mas como não há sinais econômicos de reversão da facilidade de crédito e de aumento de poder de compra do brasileiro “básico”, as marcas focam em quem pode comprar carros, a famosa classe média, que até reclama que o preço do carro é alto, mas que não deixa de comprar modelos novos a cada duas primaveras.
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