O ano de 2018 começou e o Volkswagen Polo surgiu como um furação, ficando na terceira colocação em vendas no País, na primeira quinzena de janeiro, atrás apenas de Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Não há um jornalista automotivo que eu conheça que não tenha gostado do carro – alguns planejam até comprar um.
Ele tem seus defeitos, como o acabamento simples demais, mas é definitivamente um carro muito gostoso de dirigir. E assim como todos os especialistas gostaram, não há, do outro lado da moeda, nenhum amigo “não inciado” ou frentista de posto de gasolina que não confunda o Polo com o Gol.
Eu já cansei de explicar que não é – literalmente cansei -, e por isso decidi fazer esse textão. A Volkswagen, de uma forma marketeira bem esperta, usa em suas campanhas que o Polo é um mini Golf. Não é, mas se for para escolher se o novo hatch é um Golfinho ou um Golzão, a primeira opção é a correta.
Continua depois do anúncioA marca poderia ter ousado mais no visual, na minha opinião, criando uma assinatura de design mais distinta. Já pensando nessa mania do brasileiro de desmerecer as coisas. Mas não o fez e os números de vendas, até agora, mostram que não precisou.
Porém, mesmo que parecido mais com o Gol que com o Golf, o Polo usa uma variação encurtada da plataforma do hatch médio, a MQB-A0. Portanto, sua base é de Golf, não de Gol. Isso se traduz em mais espaço interno e mais largura para os ocupantes. Estabilidade em curvas superior e um cofre de motor que comporta o 2.0 TSI de 220 cv que virá numa versão GTi também estão no pacote.
Preço é o que convence
Porém, fora as igualdades com o Golf, há algo que explica muito bem o sucesso do Polo, que é o seu preço. Seu valor inicial é de R$ 49.990. O do Gol é R$ 43.840 e o do Golf R$ 78.780. Ou seja, apesar da plataforma e outras qualidades herdadas do hatch médio, seu preço está mais para o do compacto. Quando o cliente faz a conta na ponta do lápis, percebe que levar o Polo para casa é um golaço.
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