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Religião sobre rodas

Não faltou festa para comemorar o Dia Nacional do Fusca

Roberto Bascchera

24 de jan, 2018 · 6 minutos de leitura.

Religião sobre rodas
Crédito: Não faltou festa para comemorar o Dia Nacional do Fusca

Em novembro de 1988, um grupo de amigos ligados ao Sedan Clube do Brasil se reuniu para planejar um grande evento em Interlagos, o Encontro Nacional do Fusca, que culminaria com a instituição de um dia dedicado ao besouro, o 20 de janeiro. Desde 1989, o Dia Nacional do Fusca faz parte do calendário dos apaixonados por esse ícone da indústria automobilística mundial.

Algum tempo depois, com autorização formal da Volkswagen do Brasil, o Sedan Clube, fundado em 1985, passou a se chamar Fusca Clube do Brasil. E a paixão pelo carro entre os aficionados só cresceu.

Hoje, quase 30 anos depois, o Fusca ainda é reverenciado em festas por todo o País no mês de janeiro. No domingo (21/01), mais de mil besouros e derivados da família Volkswagen com motor refrigerado a ar, foram reunidos pelo Fusca Clube do Brasil em um shopping center de São Bernardo do Campo.

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Entre os participantes, destacou-se o Fusca branco do eletricista aposentado José Ribeiro da Silva, de 60 anos. Ao lado de Carlos André Ribeiro da Costa, de 40, ele percorreu 3 mil quilômetros ao volante do besouro, no trajeto entre Igarassu, em Pernambuco, e São Paulo. “Já viajei o Nordeste inteiro nesse Fusca”, contou. “Não é um carro tão confortável para uma viagem tão longa, mas as amizades que a gente faz por causa dele compensam tudo.”

No estacionamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Ibirapuera, a Associação dos Proprietários de Veículos Antigos do Estado de São Paulo (APVAESP) realizou seu sétimo encontro e o Fusca foi uma das estrelas.

Veja imagens:


Os pernambucanos José e Carlos: 3.000 km de viagem. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Fusca em São Bernardo do Campo. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Karmann Ghia TC, um clássico. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Personalização, sempre presente. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Crianças e a paixão pelo Fusca. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Brasília, “irmã” do Fusca. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Karmann Ghia TC, Um clássico. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Transformado em conversível. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Interior em couro: capricho. Roberto Bascchera/Estadão
Fusca da Telesp marcou época nas ruas de SP. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
“Acessórios” do Fusca da Telesp. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Brasília na marcante tonalidade Verde Místico. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Um acessório de época no capô dianteiro do Fusca. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
“Rolê” de Kombi. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Muita gente foi ao evento em São Bernardo. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Um raro Fusca “split window”. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Mini Fusca, diversão garantida para a garotada. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

“Horácio”, de Ervin Moretti, presidente do Fusca Clube do Brasil
Carros do acervo do Fusca Clube do Brasil. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Um rat look com portas suicidas. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

Um lindo exemplar 1955. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Criançada se divertiu. Foto: Roberto Bascchera/Estadão
Saveiro, Karmann Ghia e SP-2, todos com motor refrigerado a ar. Foto: Roberto Bascchera/Estadão

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.