O carro que virou símbolo da paixão por automóveis

Golf vai sobreviver com uma nova proposta: conquistar clientes totalmente guiados pela emoção

Volkswagen Golf GTI Crédito: Foto: Tiago Queiroz/Estadão

É, pessoal. Aquilo que já dava sinais de que estava prestes a acontecer finalmente foi confirmado. O Golf está praticamente dizendo adeus. Mas ainda não totalmente.

Ou, talvez, possa resistir ainda no Brasil mesmo na próxima geração, nos moldes que a Volkswagen está adotando agora. Mas jamais como um modelo com vendas expressivas, como ele já foi.

O Golf que teremos daqui em diante é um símbolo da paixão por automóveis. De fato, o hatch da Volkswagen, um dos carros mais vendidos da Europa, sempre foi muito apreciado pelos entusiastas automotivos.

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Agora, porém, o Golf vai sobreviver como aquilo que já estava se tornando: um modelo de nicho para clientes totalmente guiados pela emoção.


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Novo posicionamento do Golf

A notícia chegou há dois dias. A Volkswagen vai deixar de oferecer o Golf nas versões com motor 1.0 e 1.4 turbinados. Agora, ficará disponível apenas a GTI, que tem o 2.0 turbo de 220 cv.


No Brasil, o Golf GTI é a versão esportiva, que encanta os entusiastas e é sonho de consumo. Deixando apenas essa opção à venda, a VW posiciona o modelo como carro de nicho.

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É uma decisão muito correta, em minha opinião. Porque não adianta mais as montadoras insistirem: no País, os hatches médios morreram.


Foram atropelados pelos SUVs compactos, e viram a queda vertiginosa de suas vendas. No primeiro bimestre, o Golf teve apenas 526 unidades vendidas e o Focus, 230.

O modelo da Ford, aliás, já teve seu fim anunciado. Ele está parando de ser produzido na Argentina, e não terá sucessor.

O Cruze Sport6 consegue ir um pouco melhor. Somou 1.129 emplacamentos. Talvez por isso, ele ainda consiga sobrevida. A expectativa é de que o modelo receba reestilização ainda este ano, junto com o hatch.


Por que o Golf GTI

A decisão de manter o Golf GTI, no entanto, tem um bom fundamento. O carro, com preço de R$ 149.290, vende bem para um modelo desse preço.

Estima-se que, por mês, os emplacamentos fiquem entre 70 e 100 unidades. O que não é pouco, para uma gama que faz médias mensais de 250 emplacamentos.

Fiquei bastante impressionada ao saber desse número do Golf GTI. O que mais uma vez demonstra: hatches, agora, só de nicho.


Por outro lado, não dá para imaginar que o carro, na próxima geração (já em testes na Europa), possa ser brasileiro, como é o atual. Os números de modelos de nicho não justificam a produção local.

Porém, dá para começar a pensar que a ideia de importar o GTI não é ruim. Afinal, preço (alto) não é um grande problema quando o carro é para clientes guiados pela importação.

E, quem sabe para “ensaiar” uma importação, até o fim do ano a Volkswagen passará a trazer ao País o híbrido Golf GTE. Importado da Europa.


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