No Salão de Paris, Alain Prost mostra que é gênio antipático

Fama de arrogante era um dos alicerces de sua rivalidade com o bom-moço Ayrton Senna

Prost: cara de poucos amigos não diminui genialidade (Foto: Rafaela Borges)

 

Na última sexta-feira, 30 de setembro, cheguei ao estande da Renault no pavilhão 1 do Porte de Versailles, onde ocorre o Salão de Paris, para me reunir a um grupo que iria à entrevista coletiva com o presidente da montadora, Carlos Ghosn, e o da Daimler, Dieter Zetsche. Então, eu o avistei: baixinho, como eu imaginava. Mas mais imponente que qualquer homem de 1,90 metro de altura.

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(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

Imponente pelo peso de sua história, pelo que representou, e ainda representa, para o automobilismo. Lá estava aquele que agora é embaixador mundial da Renault, Alain Prost, 61 anos e quatro títulos de Fórmula 1. O “professor”. Um dos pilotos mais técnicos que já passou pela categoria.

Não pensei duas vezes: queria uma foto. Não com ele, dele. Dele, tirada por mim. Pedi ao grupo – implorei, na verdade – que esperasse mais um pouco. A coletiva de imprensa demoraria ainda para começar.


E fiquei rondando o francês, que conversava com uma mulher, funcionária da Renault. Quando eles pararam de interagir, logo pedi:

– Alain, posso tirar uma foto?

Ele nem me olhou, mas fez concordou com a cabeça e voltou-se a sua interlocutora, retomando o assunto.


Esperei de novo, não queria interromper e, quando a conversa acabou, eu disse:

– Alain, você pode olhar para a câmera?

Claro, né? Se eu quisesse tirar uma foto dele conversando, nem precisaria pedir!


Ele então olhou a contragosto, com essa cara de poucos amigos, mostrando uma antipatia absurda.

Sempre ouvi falar que Alain Prost é antipático. Sempre foi, inclusive, um dos alicerces de sua rivalidade com Senna. O arrogante e intratável Alain contra o Ayrton bom-moço, ao menos com a imprensa – pois há relatos de arroubos de antipatia de Senna com os fãs, inclusive um Felipe Massa menino, antes da fama.

Pois bem: ele foi antipático? Foi sim. Ele é antipático? Não sei, não o conheço. E as pessoas não são obrigadas a exibirem simpatia e distribuírem sorrisos o tempo todo. Eu não sou sempre super simpática. Vocês são?


Fato é que a atitude de Alain não diminuiu a admiração que eu tenho, como grande fã de Fórmula 1 desde criança, pelo profissional Prost. Um piloto completo, lendário, um gênio das pistas e um dos maiores da história.

Fato é que, com ou sem sorriso, fiquei feliz da vida com meu registro do grande Alain Prost. Tão feliz que decidi compartilhar aqui com vocês.

Por que então estou contando essa história? Porque toda foto tem uma história! Esta é a história da foto que agora posto aqui.


PS: Mas, só para colocar lenha na fogueira, Schumacher tem fama de antipático. Mas não é. Nem um pouco, nadinha. Um lorde, para falar a verdade. Só tive boas experiências com ele e, sinceramente, isso acabou aumentando minha admiração, que já era imensa.

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