O dia em que Alonso foi simpático e espirituoso

Espanhol protagonizou cenas hilárias em Interlagos

Ninguém nega que Fernando Alonso é um piloto extraordinário, um dos melhores do grid atual e, talvez, da história. Porém, quando sai de cena o piloto, e entra o ídolo, aquele que todo mundo quer ver de perto, pedir autógrafo, tirar foto junto, o espanhol não é dos mais populares.

(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

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Hoje mesmo, em Interlagos, eu presenciei diversas pessoas dizerem, ao saberem que, talvez, Alonso visitaria o camarote de um patrocinador: “Ah, não. Alonso não. Queremos o Button”.

Estranho, não? O espanhol é considerado um dos melhores da história. O inglês é muito bom, mas está longe dessa lista. Por que a má vontade com Alonso, então? Porque ele não tem carisma.

 


Teve a tramoia de Briatore em Cingapura 2008 (Alonso diz que não sabia), a suspeita de delação da espionagem da McLaren à Ferrari, a exigência por privilégios na equipe inglesa, quando correu com Hamilton, os ataques à capacidade de Vettel, de quem ele perdeu quatro vezes, como piloto.

Tem também o jeitão não muito afável dele. Não chega a ser um Kimi Raikkonen, mas, no paddock, volta e meia está carrancudo, não gosta muito de atender os fãs. Enfim, não cativa. Diferentemente de Button, que, talvez, junto com Daniel Ricciardo e Felipe Massa, seja o piloto mais carismático da F1. E de Vettel, um alemão de espírito inglês, engraçado, fácil de lidar e extremamente gentil.


Mas hoje Alonso surpreendeu em duas fotos. Primeiro, quando abandonou o treino classificatório, em vez da típica carranca mal humorada, ele adotou uma expressão serena e… simplesmente descolou uma cadeira para tomar um solzinho, antes de voltar aos boxes. Foi hilário.

Mais tarde, após os treinos, quando ele subia a escadaria que dá acesso à área de imprensa para atender as redes de TV, foi puxado por Button. Para quê? Para subir ao pódio e posar para fotos. Foi de bom humor, sorriu, levou na esportiva. Algo do tipo: só assim para a gente subir no pódio, né?

Parece que está começando a relaxar mais. A entender que este ano, para a parceria McLaren-Honda, foi de aprendizado, e que é preciso paciência e trabalho em equipe para as coisas começarem a melhorar e, quem sabe, ficarem boas.


Eu não sei quanto a vocês, mas, comigo, Alonso ganhou muitos pontos hoje. Que continue assim, relaxado, tentando curtir o que faz mesmo nos momentos difíceis. Faz bem para ele. E atitudes descontraídas, espontâneas e sinceras fazem bem para a Fórmula 1.

PARA REGISTRO

Foi bem estranho uma outra coisa que ocorreu hoje. E com Lewis Hamilton. O inglês, que também é bem simpático, no geral, adotou uma atitude bem estranha após a classificação.


De praxe, após os treinos classificatórios, os três primeiros posam para fotos, antes de se dirigirem a sala de imprensa para uma entrevista coletiva.

Hoje, porém, Hamilton, que larga no segundo lugar amanhã, passou direto por Rosberg (primeiro) e Vettel (terceiro). Os dois alemães, com expressões confusas, ainda ficaram esperando pelo campeão do mundo. Mas, como ele não apareceu, decidiram posar só os dois mesmos para as fotos.


(Foto: Rafaela Borges)

A essa altura, os jornalistas já estavam na sala de imprensa (eu entre eles) para fazer perguntas (eu soube do ocorrido mais tarde, por meio de um fotógrafo que presenciou a cena). Então, ninguém perguntou para os pilotos o que aconteceu, porque ninguém que estava lá viu.

Durante a coletiva Lewis estava quieto, expressão fechada, meio monossilábico, mas nada muito alarmante. A seu favor: homenageou o Brasil com um boné da Mercedes nas cores da bandeira do País.

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