Responsáveis por isolar a cabine do veículo dos efeitos dos impactos dos pneus contra o piso, os amortecedores também ajudam a manter a carroceria estável. Se não estiverem em bom estado, pode haver comprometimento de outros componentes da suspensão e até mesmo da segurança a bordo.
De acordo com especialistas, a durabilidade dessas peças está mais relacionada ao tipo de utilização do carro do que prazos de validade. Para veículos que rodam com frequência em pisos irregulares, a troca costuma ocorrer antes da realizada para os que só circulam em vias bem pavimentadas. Por isso, é preciso checar as condições da peça regularmente.
FALHAS COMUNS
“Amortecedores em mau estado acarretam aumento da distância de frenagem e do risco de aquaplanagem”, afirma o coordenador de treinamento da Monroe, fabricante do componente, Juliano Caretta.
A aceleração do desgaste de partes da suspensão, como buchas, coxins, bandeja, pivôs, molas e bieletas é outro problema decorrente de defeitos nos amortecedores.
Para evitar desgaste prematuro, deve-se evitar passar em valetas e lombadas com o carro na diagonal. Subir e descer degraus, como calçadas, também pode danificar. “Não leve mais que o peso indicado pela montadora, pois isso também acelera o desgaste”, diz Caretta.
Na Corape (5631-9692), oficina na zona sul, o jogo com quatro amortecedores pressurizados para o Chevrolet Onix 1.0, por exemplo, sai a R$ 1.330.
TIPOS
Os amortecedores convencionais, que têm óleo e oxigênio no interior das bengalas, privilegiam o conforto em detrimento da estabilidade. Nos pressurizados, com óleo e nitrogênio, ocorre o inverso e têm preços cerca de 20% mais altos. Há ainda os ajustáveis eletronicamente ou com carga magnética, em geral disponíveis para veículos mais luxuosos.
REMANUFATURADOS
O uso de amortecedores reformados, oferecidos em algumas oficinas, deve ser evitado. De acordo com especialistas, esses componentes não são testados e nem têm selo de aprovação do Inmetro – a certificação é emitida pelo órgão desde 2013.