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Aprenda a trocar os limpadores de para-brisa
Manutenção

Aprenda a trocar os limpadores de para-brisa

Limpadores de para-brisa ruins comprometem a visibilidade e a segurança. Troca pode até ser feita em casa

Hairton Ponciano Voz

15 de ago, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Limpadores de para-brisa
Crédito:Além dos limpadores em bom estado, é importante manter também os esguichos bem regulados e o reservatório de água cheio. Foto: Hairton Ponciano/Estadão

Cuidar dos limpadores de para-brisa é uma das tarefas mais simples que se podem fazer no veículo. E o passo a passo para substituir a peça em casa é tema da segunda reportagem da série sobre dicas de manutenção.

Como qualquer sinal de defeito surge literalmente à frente do motorista, diagnosticar problemas no sistema é relativamente fácil. Falhas de limpeza na área varrida pelas palhetas de borracha, trepidação e ruído durante o uso são sinais de que chegou a hora da troca.

+ Leia outras reportagens sobre manutenção 

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O ideal é fazer uma checagem periódica, a fim de detectar problemas com antecedência. O estado das peças diz muito sobre o uso do veículo. Borracha quebradiça indica a ação de produtos à base de álcool ou querosene.

Lâminas deformadas revelam que o modelo ficou muito tempo sob o sol forte, sem uso. Para evitar esse tipo de defeito, a fabricante Dyna recomenda esguichar água no para-brisa e movimentar os limpadores todos os dias, para hidratar a borracha.

Lâminas rasgadas são sinal de que as palhetas estão batendo nas guarnições do vidro, resultado de braços desregulados.


Na maioria dos casos, substituir as palhetas é uma tarefa simples e rápida. Prefira componentes idênticos aos originais, para não alterar a área varrida e o peso das peças do sistema.

Em linhas gerais, há dois tipos de limpadores. Os convencionais, com armação de metal, equipam carros antigos ou versões mais simples. Os mais modernos têm estrutura inteira de borracha. Além de mais eficientes, eles estão livres de corrosão.

Nos dois, as palhetas são presas aos braços do limpador por uma trava. Para soltá-las, basta pressionar a trava e movimentar as peças. Após recolocá-las, o “clique” indicará que o encaixe foi feito corretamente.


O preço varia conforme a fabricante e o modelo da peça e do veículo. Em lojas de autopeças da capital, o par convencional (com estrutura de metal) parte de cerca de R$ 40. Os mais sofisticados podem chegar a R$ 140.

Nível da água

Verifique periodicamente o nível do reservatório do limpador (ou limpadores, se houver também na traseira, algo comum em hatches). O jato d’água é fundamental para manter os vidros limpos, principalmente no início da chuva. Isso porque as primeiras gotas se misturam à poeira acumulada no para-brisa e vigia, reduzindo a visibilidade.

Certifique-se de que os esguichos estejam direcionando os jatos de água para o centro da área a ser varrida. Alguns veículos, como o Fiat Uno de primeira geração, por exemplo, têm bicos que se desregulam facilmente, até mesmo durante a lavagem, porque ficam muito saltados no capô. A regulagem pode ser feita usando uma agulha ou alfinete.


A Dyna recomenda adicionar à água do reservatório uma solução com função detergente. O aditivo é útil para auxiliar na remoção de resíduos impregnados no vidro, como insetos, fuligem e seiva de árvores, por exemplo. Nas lojas de autopeças esse produto custa cerca de R$ 5.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.