Manter um blindado, mesmo os ainda novos, é bem mais caro do que no caso de um veículo comum. O peso extra da blindagem, que pode adicionar até 200 kg ao carro, sobrecarrega diversos sistemas, como suspensão e freios. Além disso, o motor precisa trabalhar mais.
Com esse esforço extra, a durabilidade desses sistemas é menor que em um carro sem blindagem. Por isso, seus componentes têm de ser trocados com mais frequência. Amortecedores, buchas e batentes sofrem mais e devem ser revisados anualmente.
A blindagem também precisa ser verificada. Quando as camadas do vidro blindado se descolam – é a chamada delaminação -, a proteção contra tiros é reduzida. O procedimento de restauro custa R$ 700 na Mega Blindados (5585-9785), da zona sul.
Trincas e rachaduras também têm de ser reparadas, pois enfraquecem o vidro e comprometem toda a blindagem.
BLINDADO
No Brasil, apenas a Mercedes-Benz oferece os chamados blindados “de fábrica”. Segundo a montadora, a manutenção é mais simples. O carro já “nasceu” para receber a blindagem; suas peças estão preparados para ter o peso extra.
O plano de manutenção é semelhante ao de modelos sem a proteção, ainda conforme a montadora. “Os componentes são originais e desenvolvidos especialmente para o uso em veículos blindados”, explica o gerente de pós-vendas da montadora, Nivaldo Mattos.
Os preços das peças são bem superiores e elas demoram para ser entregues – o dobro do tempo de uma comum. O prazo pode chegar a dois meses.
RESGATE
A dificuldade de ser aberto é um complicador em blindados envolvidos em acidentes com vítimas. O processo de resgate é mais demorado e requer ferramentas especiais. Corpo de bombeiros e concessionárias de rodovias recebem treinamento para este fim.