Problemas nas pastilhas de freio
Nas frenagens do meu Cobalt surgia um forte ruído metálico, pois as pastilhas de freio estavam mal fixadas nas pinças. Na revisão, desmontaram as peças e fizeram um calço com adesivos, mas essa gambiarra só eliminou o barulho temporariamente. A oito meses do fim da garantia, reclamei em outra concessionária e o consultor disse que os adesivos não suportariam o calor por muito tempo e que a má fixação das pastilhas era um problema do sedã, mas negou o reparo em garantia e me passou um orçamento exorbitante. Tentei resolver o problema trocando as pastilhas em uma oficina independente, mas não adiantou. A GM me orientou a voltar à autorizada e, para minha surpresa, o mesmo consultor disse que não poderia fazer o reparo em garantia pois eu havia instalado pastilhas fora da rede autorizada.
Luis Carlos Silva, CRUZEIRO (SP)
Chevrolet responde: transmitimos esclarecimentos ao cliente.
O leitor diz que a montadora sugeriu que ele voltasse à concessionária e pagasse pela troca das pastilhas de freio que havia instalado por outras originais, mas não garantiu que isso eliminaria o problema. Ele não concordou, sustenta que o carro veio com defeitos de fábrica e pretende fazer uma reclamação ao Procon.
Advogado: como o leitor apontou o problema durante o período de garantia, a montadora só poderia ter negado o reparo sem ônus mediante prova de que houve desgaste natural dos componentes, ou mau uso pelo consumidor.
FORD ECOSPORT
Falha no câmbio automatizado
A embreagem de meu EcoSport com câmbio automatizado Powershift começou a “patinar” com menos de dois meses de uso. Na primeira revisão, prometeram eliminar o defeito por meio de um ajuste eletrônico, mas não adiantou. Após a segunda inspeção, o veículo foi devolvido nas mesmas condições. Cinco meses depois, reconheceram que seria necessária a troca do câmbio, acrescentando que o carro teria de ser imobilizado por dez dias para o conserto. Não consigo entender como um modelo comprado há tão pouco tempo e revisado regularmente pode dar tanto problema, e me frustrei com o prazo pedido para o reparo.
Marli Rocha Barros, SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP)
Ford responde: o carro foi reparado e devolvido à consumidora, que optou por revendê-lo.
A leitora confirma a informação da montadora.
Advogado: a lei concede à empresa o prazo máximo de 30 dias para realizar o reparo do produto, mas o serviço deve ser realizado com a maior brevidade possível, ficando o veículo retido apenas pelo tempo necessário, conforme a complexidade do defeito. Do contrário, a empresa estará cometendo abuso de direito contra o consumidor.
FIAT GRAND SIENA
Falha no câmbio automatizado 2
Sou taxista, comprei um Grand Siena e, com cinco meses de uso, surgiu um problema no câmbio Dualogic. Quando aciono o pedal do freio, a caixa entra sozinha em neutro. Levei o sedã à autorizada e foram trocadas algumas peças, mas o problema não foi resolvido. A partir daí, foram várias idas e vindas à oficina, mas o carro sempre volta no mesmo estado. Da última vez, enviaram um telegrama informando que o sedã não apresenta nenhum defeito e que eu deveria retirá-lo, mas me recusei, pois não posso trabalhar com o carro nessas condições.
Daniel Amaro Domene Suhr, GUARATINGUETÁ (SP)
Fiat responde: o veículo foi reparado sem ônus e está há mais de um mês à disposição.
O leitor diz que recusou o veículo pois perdeu a confiança nele. Ele pede na Justiça a troca do veículo ou a devolução do valor pago, além de indenizações por lucros cessantes e danos morais.
Advogado: de fato, a falta de reparo definitivo após 30 dias decorridos da queixa enseja o direito à troca do produto ou o cancelamento da compra, com a devolução do valor pago, mais indenização pelos prejuízos comprovados, inclusive os lucros cessantes que o consumidor deixou de aferir com o uso profissional do veículo. Além disso, o desgaste emocional comporta indenização por danos morais.