Com a queda da temperatura (no fim de semana a máxima não deve passar dos 20°C), muita gente se esquece de cuidar do sistema de arrefecimento do motor. Mas o descaso pode sair caro – se o veículo “ferver” e o propulsor fundir, o custo do reparo passa dos R$ 1 mil, enquanto a revisão, nas oficinas consultadas, parte de R$ 120.
O sistema é composto por radiador, válvula termostática, interruptores térmicos e mangueiras, entre outros. É preciso ficar de olho no fluído – mistura de água e etilenoglicol.
O aditivo aumenta o ponto de ebulição do líquido para acima de 100 graus. Isso evita falhas na troca de calor do radiador com o meio ambiente.
A mistura também protege as partes metálicas contra corrosão e prolonga a durabilidade das peças de borracha, como as mangueiras.
“É normal que o nível baixe discretamente por evaporação”, diz o supervisor de serviços da Ford, Reinaldo Nascimbeni. Ele diz que, nesse caso, é possível repor a diferença com água comum. Porém, vazamentos requerem aditivo.
Mangueiras ressecadas, conexões frouxas ou tampa do reservatório com defeito também fazem o fluído “sumir”. Aliás, nunca se deve abrir o radiador com o motor quente, pois a pressão pode fazer jorrar água fervente para fora.
Poças d’água sob o carro são um dos sinais de que o sistema não está em ordem. A parte elétrica também pede cuidados. Se a ventoinha não funcionar, o motor pode “ferver”.
A troca do fluído deve obedecer a determinação da fabricante do veículo. O serviço inclui a limpeza no sistema e custa R$ 120 na Radiadores Facó (3976-0138), na zona norte.
Em casos graves, como acúmulo de sujeira ou furos, é preciso trocar o radiador. Para um Fiat Palio 1.0 2014, a peça custa R$ 474,31 na autorizada Auguri (5576-2000), na zona sul.