Moto nova com defeitos e ‘rodada’
Comprei uma moto Dafra CityClass 200i nova. Quando fui retirá-la, percebi que o hodômetro marcava 96 km rodados e só a aceitei porque estava atrasado para uma reunião de trabalho. Depois notei que havia defeitos no botão e luzes de direção, o guidom trepidava demais e o velocímetro estava quebrado. Queixei-me ao vendedor por e-mail e ele revelou que a moto não havia sido testada, reconheceu os problemas e se prontificou a resolvê-los. Mas, mesmo depois de os reparos serem feitos, terei de aceitar que a moto está rodada e temo que surjam outros problemas. Fiquei decepcionado com a marca.
Fabio Vasconcelos, CAPITAL
Dafra responde: a motocicleta foi reparada e entregue em perfeitas condições de uso.
O leitor confirma a informação e elogia o atendimento prestado pela autorizada, que lhe deu o suporte necessário nessa e em duas ocorrências posteriores, nas quais as peças necessárias foram trocadas sem ônus.
Advogado: se o consumidor teve ciência de que a motocicleta já tinha rodado certa quilometragem e, mesmo assim, aceitou recebê-la, não pode mais reclamar desse fato. Quanto às demais questões apontadas, um produto novo não deveria sequer ter sido entregue com defeitos, e por isso o vendedor tinha mesmo obrigação de fazer os reparos imediatamente.
HONDA CIVIC
Pane ao abastecer com gasolina
Tenho um Civic 2012, atualmente com 54 mil km. Fiz todas as revisões corretamente e costumo rodar com etanol, mas um dia resolvi abastecer com gasolina. No dia seguinte, o motor simplesmente não pegou. O carro foi guinchado à autorizada, onde disseram que o motor teria de ser aberto e que o reparo custaria R$ 3 mil. Recusei, pois o carro está na garantia, e alegaram que o problema teria sido causado pelo uso de combustível adulterado. Entrei em contato com a central de atendimento da marca, expus o problema e não obtive nenhum retorno no prazo prometido, mesmo após várias ligações. Mais de um mês depois, a concessionária informou que a Honda negou fazer o reparo em garantia e me apresentou um orçamento de R$ 2.300, que aceitei por depender do carro para trabalhar. Sinto-me como um idiota por ter seguido o plano de manutenção à risca, justamente para ter direito à garantia se fosse necessário.
Fernando de Souza Manoel,CAPITAL
Honda responde: o fato já foi esclarecido com o cliente.
O leitor diz que apresentou uma reclamação contra a Honda no Procon e, depois disso, a marca reembolsou o valor que ele havia pago pelo conserto.
Advogado: o valor deveria ter sido devolvido em dobro, uma vez que houve cobrança indevida. O reparo do veículo em garantia, sem ônus, é direito certo do consumidor, salvo quando ele for o causador exclusivo do problema, o que não foi o caso.
HYUNDAI TUCSON
Mau alinhamento persistente
Comprei um Tucson zero-km e já o levei mais de dez vezes a autorizadas Hyundai para tentar corrigir o alinhamento da direção. Já foram feitos diversos testes e tentativas de inversão dos pneus, mas o problema persiste e, na concessionária, disseram que tenho de aguardar uma resposta da montadora. Alegaram que o defeito está nos pneus, mas, se essas peças não estão boas, por que não foram trocadas? É um absurdo comprar um carro novo e ter de retornar tantas vezes à oficina, perder tempo, gastar dinheiro com táxis…
Igor Zaros, CAPITAL
Hyundai responde: a questão foi solucionada e os pneus, substituídos.
O leitor confirma a informação.
Advogado: o consumidor não pode ser vítima da procrastinação de uma solução definitiva para os defeitos do carro. A lei concede à montadora prazo de 30 dias para o reparo, mas não pode haver abuso. Se a falta de solução persistir, a empresa pode ser obrigada a trocar o veículo por outro novo.