MINI COUNTRYMAN
A falta que um vidro faz
Comprei um Countryman ALL4 em novembro de 2017. No começo deste ano, uma pedra atingiu o vidro da porta dianteira direita e o friso de borracha ao seu redor. As peças foram pedidas à concessionária. O friso demorou 30 dias para chegar. Já para o vidro, não há previsão, pois a Mini não mantém estoque de itens no Brasil. Em 3 de maio, fui obrigado a adquirir o vidro por outras vias, pois, se tivesse aguardado a boa vontade e eficiência da Mini, ainda estaria com meu Countryman parado.
Milton Fukunaga, Capital
MINI responde: o carro foi reparado e devolvido ao cliente.
O leitor afirma que não foi socorrido pela montadora, mas pela concessionária. A loja cedeu o vidro usado de um outro Countryman que receberia blindagem. Ele argumenta que a fabricante deveria manter em estoque no País ao menos três unidades dessa peça.
Advogado: de fato, a empresa não pode deixar faltar peças de reposição de seus produtos. Enquanto aguarda a chegada do componente, o consumidor tem direito a carro reserva ou ao ressarcimento de seus eventuais gastos com locomoção, além de outros prejuízos resultantes da privação do uso do veículo.
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VW FOX
Transtornos com o carro de trabalho
Comprei um Fox novo em 2016 para trabalhar com transporte de passageiros e rodar cerca de 400 km por dia. Já nos primeiros 2 mil km, o motor fazia ruídos e era preciso completar o óleo três vezes por semana. Após 18 mil km e seis meses de queixas, o motor foi trocado. Fiquei 33 dias sem o veículo durante o reparo e recebi carro reserva por apenas três dias. Depois disso, o carro começou a apresentar falta de água no radiador. Tive de voltar várias vezes à autorizada até concordarem em substituir a bomba d’água e, mesmo assim, o problema persistiu, levando à segunda troca da peça. Perdi a confiança no carro e pedi a troca por um novo ou o desfazimento do negócio, mas isso não interessa à VW.
Flavio Augusto Pereira Morais, SANTA ISABEL (SP)
VW responde: estamos à disposição para atender o cliente quando ele levar o veículo para análise em uma concessionária.
O leitor afirma que não foi à autorizada, pois a VW lhe informou que o veículo ficaria lá por seis dias e ele não teria direito a carro reserva. Ele diz que utiliza o carro para trabalhar e não pode ficar todo esse tempo a pé.
Advogado: quando o defeito exige a troca de componentes essenciais, como o motor, o caso é de troca imediata do veículo, porque essa condição provoca a depreciação do bem. Outro motivo que reforça a pretensão do leitor é o reaparecimento dos defeitos mesmo após uma tentativa malsucedida de reparo.
RENAULT CAPTUR
Problemas com a venda especial
Após pesquisar modelos para portadores de necessidades especiais (PCD) em diversas montadoras, escolhi o Captur, principalmente porque a Renault prometeu que a entrega do carro ocorreria entre 45 e 60 dias. Fiz o pedido em 17 de janeiro e, mais de quatro meses depois, não há nem previsão de quando será faturado. A concessionária pede paciência, mas isso é impossível. Estou há semanas sem carro, pois vendi o meu confiando na promessa de entrega do novo pela Renault. Quem arcará com os gastos que estou tendo?
João Carlos Maradei Jr., CAPITAL
Renault responde: as vendas especiais têm prazo de faturamento de até 120 dias, já que se trata de veículos com fabricação futura ou em andamento. O carro do cliente deve ser faturado na segunda semana de junho, dentro da validade de suas cartas de isenção.
O leitor diz que o carro foi faturado em 8 de junho, com entrega duas semanas depois. Ele diz ter usado transporte público, por aplicativos e carros emprestados durante o período de espera e lamenta que a marca não reembolsou seus prejuízos.
Advogado: a fabricante é obrigada a respeitar o prazo que ela mesma forneceu ao comprador e não pode alegar problemas que tem condição de prever para justificar o descumprimento do que foi acordado. Por isso, a empresa deve ressarcir o consumidor dos gastos decorrentes do atraso na entrega do veículo.