TOYOTA HILUX
Vazamento na transmissão
Levei minha Hilux para a revisão de 50 mil km. Há um vazamento na transmissão. Disseram que o problema foi causado pelo uso e o custo de reparo era de R$ 868. Questionei como um utilitário desse porte tem vazamento na transmissão com apenas 50 mil km e pedi que o serviço fosse coberto pela garantia. Prometeram submeter à apreciação da Toyota. Um mês e meio e seis telefonemas depois, ainda não obtive uma resposta. Meu carro está parado, pois não vou rodar com o câmbio vazando.
Bernardo Ferrari Pinto, CAPITAL
Toyota responde: o veículo foi reparado no dia 25 de junho.
O leitor confirma a informação, mas queixa-se de ter tido de reclamar ao Defenda-se do JC para ser atendido.
Advogado: sem a demonstração do alegado desgaste natural do componente, ou de mau uso do produto, a empresa tem o dever de executar o reparo sem ônus, e no prazo máximo de 30 dias, enquanto perdurar a garantia.
JEEP COMPASS
Compra frustrada em duas ocasiões
Em junho, tentei comprar um Compass na Dahruj, por faturamento direto, dando o meu usado emplacado em Curitiba como parte do pagamento. O combinado foi que o custo da transferência para São Paulo seria da loja. Dias depois, porém, o vendedor disse que eu teria de arcar com essa despesa. Por isso, o negócio foi frustrado. No dia 30 de julho, tentei a compra na Auguri. Ofereceram um carro do estoque, por R$ 1.000 a mais, com entrega em dez dias, ante os 30 necessários em venda direta.
Fechei negócio, mas eram 17 horas e disseram que eu teria de correr para providenciar os documentos, pois o carro teria de ser faturado no dia seguinte. Corri com a papelada e enviei um portador às 16h30, mas informaram que o negócio estava desfeito, pois eu não havia pago a diferença de preço do usado para o novo naquele dia. Mas eles não haviam avisado isso, e disseram que eu perderia o direito ao desconto de R$ 2.600 que eu havia recebido. Desisti da compra, mas recebi de volta só o valor que paguei. Fiquei com o prejuízo dos gastos com despachante.
Jose L. Slaviero, CAPITAL
Jeep responde: a concessionária não descumpriu a parte dela na negociação e informou o leitor sobre as condições para concretização do negócio.
O leitor reitera suas alegações.
Advogado: se a empresa não avisou ao consumidor a data exata para a realização do pagamento da diferença do valor entre o carro usado e o novo, ela não pode alegar a falta desse pagamento e desfazer o negócio. É dever do fornecedor orientar o cliente e informar previamente as condições do negócio.
FORD FOCUS
Com a mão no bolso e irritado
Comprei um Focus 2015 que está com 56 mil km rodados. A luz espia da injeção vem acendendo de forma intermitente há cerca de 30 meses, sem um diagnóstico preciso nas últimas revisões. Primeiro trocaram a bomba de alta pressão. Depois, dupla embreagem e módulo. Por último, já fora da garantia, as sondas um e dois do catalisador, com uma conta de R$ 3 mil. É possível um carro com essa quilometragem ter tantas peças trocadas e no final eu ter esse gasto todo?
Danilo Gabriele, CAPITAL
Ford responde: durante a garantia foi trocado o sensor do catalisador. Sete meses após o fim da cobertura, verificou-se necessidade de troca do catalisador e sensor de oxigênio, com orçamento aprovado pelo leitor.
O leitor diz que os problemas surgiram pelo menos um ano antes do término da garantia e foram comunicados em duas revisões durante a cobertura. Ele acredita que, nessas inspeções, a Ford não detectou os problemas ou se omitiu de má fé.
Advogado: sem comprovar o fim da vida útil da peça ou componente, ou o mau uso pelo consumidor, a fabricante não pode cobrar pelo reparo. Além da garantia contratual, existe a garantia legal, pela qual a empresa responde pela qualidade do produto durante o tempo razoável de durabilidade de seus componentes.