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Denatran vai avisar proprietários de recall em veículos
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Denatran vai avisar proprietários de recall em veículos

Novo serviço mandará mensagens de texto e emails para proprietários de carrls envolvidos em recall. Montadoras continuarão chamando por meios convencionais

Redação

01 de out, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Apenas 40% dos carros envolvidos em recall fazem os reparos necessários
Crédito:Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Entrou em vigor nesta terça-feira (1) a portaria conjunta dos ministérios da Insfraestrutura e da Justiça que cria o Serviço Nacional de Registro e Notificação de Recall de Veículos. O sistema vai avisar proprietários de carros envolvidos em recalls da necessidade de reparos em seus veículos. A portaria foi assinada em julho e entrou em vigor agora.

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O serviço vai ampliar a abrangência das notificações, hoje feitas por meio do SNE, o Serviço de Notificação Eletrônica. O sistema idealizado pelo Denatran envia mensagens de celular aos atuais proprietários de carros envolvidos em recalls. Os usuários com cadastro atualizado no portal do Denatran também receberão emails avisando de um recall.

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A portaria também vai incluir a notificação de recall no CRLV do carro. Anualmente, o sistema irá verificar se o veículo fez os reparos necessários. A anotação no documento impresso ficará até o carro ser levado para o conserto.

Adesão a recall é baixa

Na época da assinatura da portaria, o Ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas afirmou que a adesão a recalls era de apenas 40% dos envolvidos. A intenção é elevar esse número e tornar as ruas mais seguras. Isso porque geralmente as chamadas envolvem a segurança viária.

As montadoras continuarão divulgando os recalls publicamente pelos meios de comunicação já usados. Avisos em TV e mídia impressa continuarão alertando consumidores da necessidade de reparos nos produtos.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.