Meu Ford Fiesta com câmbio automatizado Powershift já teve a embreagem trocada por volta dos 8 mil km. Agora, aos 17 mil km, o conjunto voltou a apresentar a mesma forte trepidação que levou ao reparo anterior. Reclamei na concessionária Ford Mix há quase três meses. Os consultores atendem o cliente de forma correta, mas alegam que não recebem a peça da Ford para a nova substituição.
Frederico Raphael Russo Filho,CAPITAL
Ford responde: a embreagem foi substituída e o veiculo está em pleno funcionamento.
O leitor confirma a informação e acrescenta que o carro foi imobilizado por apenas um dia para o conserto.
Advogado: é bom lembrar que esses problemas devem ser solucionados no prazo máximo de 30 dias, ou o consumidor passa a ter a possibilidade de exigir a troca do carro. Esse direito é reforçado quando o mesmo defeito reaparece após o reparo.
Confira também as outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana
HONDA HR-V
Sucessão de problemas
Os carros da Honda têm a fama de não quebrarem. O pós-venda da marca é bastante elogiado. Depois que foi lançado, o HR-V chegou a ser o líder do segmento dos utilitários compactos, além de ter bom valor de revenda. Mas essa boa reputação me fez entrar em uma tremenda furada. Passei dois anos com o carro e o eixo traseiro foi trocado três vezes. A quarta peça, em uso, já passou por reparos. A suspensão dianteira, que também já foi reparada, está causando o desgaste das peças do sistema de direção. Já foi trocada a barra de direção e agendada a substituição da caixa de direção. O painel do veículo apresenta ruídos desde os primeiros meses de uso, o que vem sendo relatado desde as primeiras revisões. Já foram várias as tentativas de solucionar esses barulhos, que cessam por uns dias e logo reaparecem. Os vidros do carro também fazem ruído até quando o utilitário-esportivo roda em vias asfaltadas.
Misaki Machado Lira, ESPERANTINA (PI)
Honda responde: a Honda sempre prestou suporte ao Sr. Misaki e seu pleito foi atendido.
O leitor diz que apresentou reclamação no Procon e conseguiu fazer um acordo com a concessionária e a montadora. A compra do veículo foi desfeita e ele recebeu uma indenização por danos morais.
Advogado: quando o reparo realizado não elimina completamente o problema do produto, o consumidor não está obrigado a aceitar novas tentativas de solução pela montadora. Nesse caso, ele adquire o direito de desfazer a compra ou exigir a troca do veículo. Isso porque a concessão de prazo de 30 dias para que a empresa conserte o produto pressupõe que seja feito um reparo de qualidade e definitivo.
MINI COOPER
Partida difícil e motor falhando
Com quatro meses de uso e 3.500 km rodados, meu Mini Cooper passou a apresentar dificuldades na partida do motor, que falhava na primeira tentativa. Era preciso esperar o propulsor esquentar e, depois, o carro engasgava, chegando a morrer quando se acionava o modo de condução econômico. A concessionária alegou uso de combustível de má qualidade, mas o defeito persistiu mesmo depois que testei gasolina comum e aditivada de postos de várias bandeiras. A autorizada tentou resolver o problema com diversos procedimentos, incluindo a reprogramação eletrônica do sistema de injeção, sempre sem sucesso. O veículo está parado há 35 dias, em análise pela BMW. Solicitei um carro reserva, mas disseram que o seguro correria por minha conta, o que não aceitei. Pedi a troca do carro por um novo, ou a devolução do meu dinheiro, e não tive resposta.
Sergio Luiz de Moraes Pinto, CAPITAL
Mini responde: o veículo foi entregue em perfeitas condições.
O leitor diz que o carro ainda engasga um pouco pela manhã, mas não teve mais falhas no trânsito da cidade.
Advogado: toda vez que o veículo submetido a reparos volta a apresentar os mesmos problemas, o consumidor passa a ter o direito de exigir sua troca por um novo, como já foi explicado no comentário à queixa anterior.
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