Por volta dos 12 mil km rodados, surgiram no painel do meu Renegade, avisos de “verificar motor” e “verificar câmbio” e a caixa começou a dar trancos nas trocas de marcha. Levei o carro duas vezes à autorizada. Na primeira, não detectaram nenhum problema, e na segunda fizeram ajustes no câmbio. Mas nada surtiu efeito. Deixei-o na oficina pela terceira vez, mas o próprio consultor disse que não havia previsão de liberação do veículo, que parece ter problemas mais sérios na transmissão. Várias pessoas comentaram que o pós-venda da Jeep é difícil, mas não dei bola. Agora, temo que meu sonho de consumo esteja virando um pesadelo.
Francisco C. Moya Rodrigues, SANTO ANDRÉ (SP)
Jeep responde: o veículo do leitor está em atendimento.
O leitor recebeu o carro de volta depois de quase um mês.
Advogado: passados mais de 30 dias sem um reparo efetivo, a lei autoriza o consumidor a recusar o produto e exigir sua troca por um novo, ou a devolução do valor pago. Ele também pode aceitar o carro após esse período e cobrar da empresa o ressarcimento de eventuais gastos com transporte no período.
Confira outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana
HYUNDAI iX35
Problemas variados
Comprei um iX35 zero-km na Caoa. Na retirada, em 18 de agosto de 2017, o carro estava sem combustível e líquido de arrefecimento no radiador e com a bateria descarregada. O entregador encheu o reservatório com água (prática proibida pelo manual do proprietário), colocou quatro litros de gasolina e deu a partida no motor com cabos elétricos. Eu deveria ter recusado o veículo e cancelado a compra, mas não fiz isso. Dois dias depois, voltei à loja, pois o carro apresentava consumo elevado e o sistema start-stop não funcionava, mas não resolveram o problema. Duas semanas mais tarde, o veículo não dava partida e acionei o socorro da Hyundai. O técnico ligou o motor com cabos elétricos e disse que a bateria tinha de ser trocada. Acionei a marca, que prometeu dar um retorno em duas horas, o que não ocorreu. Tive de trocar a bateria por conta própria e descobri que se tratava de uma peça usada. Ou seja: fui vítima de fraude, pois o carro foi vendido como novo.
Marcos Antonio Freire, CAPITAL
Hyundai responde: a bateria foi trocada sem ônus em 7 de novembro. Foi a única vez em que o cliente compareceu à concessionária, apesar de diversos agendamentos. Isso impediu uma atuação mais efetiva e a verificação dos demais pontos alegados, como a questão do líquido de arrefecimento.
O leitor confirma a troca da baterias, mas diz que a concessionária não foi capaz de provar que o veículo era novo.
Advogado: se o carro novo não estiver com todos os itens funcionando devidamente, o comprador pode recusá-lo e, desse momento até a entrega do veículo em ordem, deve ter os custos de locomoção pagos pela empresa. Outros prejuízos causados pela demora para entrega do carro em perfeito estado também devem ser reparados.
CHEVROLET CRUZE
Fumaça saindo pela ventilação
Há dois meses, do sistema de ventilação de meu Cruze começou a emanar uma fumaça branca desagradável e volumosa. Apontei o fato na revisão, mas disseram que o carro estava em ordem. Voltei à concessionária e o mecânico reconheceu o problema, mas, ao fazer contato com a fábrica, ouviu como resposta que era apenas condensação de vapor. Mas isso nunca havia ocorrido antes. Fiz vários contatos com a central de atendimento da Chevrolet, mas não deram retorno. Creio que eles não têm como avaliar um problema sem ver o carro. A postura da marca mostra despreparo e desleixo no trato com o cliente.
Heloisa Kazumi Wada Friguglietti, CAPITAL
Chevrolet responde: o carro foi reparado na concessionária e devolvido em condições normais de uso.
A leitora confirma a informação.
Advogado: a montadora tem até 30 dias para fazer os reparos necessários no veículo. Mas, se o defeito for de baixa complexidade e fácil solução, o serviço deve ser realizado de imediato, não se justificando o uso integral do prazo legal.
Quer participar? Envie um resumo do seu problema para o e-mail jcarro@estadao.com. Não se esqueça de informar nome completo, RG e CPF, endereço com município, telefones de contato e, se possível, número do chassi e placa do veículo.