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Ka hatch de leitora tem perda súbita de força do motor
Defenda-se

Ka hatch de leitora tem perda súbita de força do motor

Montadora diz que o carro não tem irregularidades, mas consumidora quer devolvê-lo à Ford

Redação

12 de set, 2018 · 7 minutos de leitura.

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FORD KA
Crédito:Crédito: Felipe Rau/Estadão

Os problemas do meu Ka comprado novo em 2015 apareceram aos poucos. O motor perde força, como se eu estivesse acelerando um carro desligado. Em uma dessas panes, quase fui abalroada na traseira por uma carreta. Relatei o problema à autorizada, que já chegou a reter meu Ka na oficina várias vezes. Em uma delas, fiquei sem o veículo por um mês e recebi carro reserva por apenas uma semana. Mas o defeito nunca foi solucionado, mesmo com a troca do módulo. Às vezes a partida trava, e quando uso etanol ouço um ronco do motor. Dizem que é um problema no ar-condicionado, o que não me convence, que eu tenho de abastecer unicamente com gasolina, sendo que o motor do meu Ka é flexível, e que uso combustível de má qualidade, o que não é verdade. Agora cheguei ao meu limite e não quero mais o carro. Tentei devolvê-lo, mas a Ford só o aceita como entrada na compra de outro modelo da marca. E, depois dessa experiência, não quero outro Ford. Quero meu dinheiro de volta.
Juliana Gardinal de Oliveira, SANTO ANDRÉ (SP)

Ford responde: sobre a alegação de que o carro da leitora perde força, nossos testes não verificaram nenhuma irregularidade. Foi trocada a portinhola da caixa de ventilação, para correção de um ruído interno, e com isso o carro está à disposição da cliente para ser retirado.

A leitora diz que a perda de força persiste e não foi identificada nos testes da concessionária porque ocorre de forma intermitente. Ela não retirou o carro e vai tentar obter uma solução amigável com a Ford antes de recorrer à Justiça.

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Advogado: a leitora pode obter um laudo que ateste o defeito no veículo, e com base nele recorrer à Justiça, para obter a troca do carro ou o cancelamento da compra, com a devolução do valor pago atualizado. Para não ser derrotada na ação judicial, a empresa terá de comprovar, por meio de perícia, que o defeito alegado não existe.

Confira outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana

VW VIRTUS
Sem previsão de entrega do carro

Sou taxista e fiz o pedido de um Virtus em 22 de maio. Mas a VW não confirma quando o carro será entregue. Preciso de uma previsão para poder programar a venda do meu usado e não ficar a pé, sem poder trabalhar. Comprar um carro novo e ficar sem essa definição é um absurdo e revela a falta de compromisso da VW.
Marco Antonio Corazzini, SANTO ANDRÉ (SP)


VW responde: o veículo foi entregue ao cliente.

O leitor diz que recebeu o veículo apenas em 23 de julho. Ele conta que, durante a espera, teve de dispensar um interessado que pagaria R$ 25 mil pelo usado e depois só conseguiu vendê-lo por R$ 22.700. A VW lhe ofereceu duas revisões como cortesia.

Advogado: a promessa feita ao consumidor vincula o fornecedor, que tem de cumpri-la. Quando isso não ocorre, a empresa tem o dever de reparar os prejuízos causados. Caso o valor da indenização não exceda 20 salários mínimos, o consumidor pode recorrer ao juizado especial cível, sem a necessidade de advogado.


JEEP RENEGADE
Carro parado por falta de peça

Meu Renegade adquirido em outubro de 2017 teve um vazamento na bateria, que afetou o trambulador e o módulo central. Levei-o para reparo no dia 25 de julho, mas a concessionária não tem o módulo em estoque. Nos contatos com a Jeep, o atendimento é péssimo e tudo o que tenho, depois de 23 dias, são muitos protocolos e nenhum prazo para devolução do meu carro. Enquanto isso, eles continuam produzindo outros exemplares do modelo.
Edmilson Wagner Vieira, CAPITAL

Jeep responde: o consumidor foi informado sobre a previsão de entrega da peça.

O leitor nega que tenha sido procurado pela Jeep e diz que ainda não tem previsão de entrega do veículo. Ele recebeu carro reserva, mas está tendo de arcar com o seguro, de R$ 50 por dia.


Advogado: enquanto não conclui o reparo, a empresa deve fornecer carro reserva ao consumidor, sem custo para ele. Afinal, quem deu causa ao atraso foi a própria empresa, ao deixar de manter peças à disposição, como a lei obriga. Os gastos do consumidor com locomoção durante o período de espera devem ser reembolsados pela empresa.

Quer participar? Envie um RESUMO do problema para o e-mail jcarro@estadao.com, juntamente com os seguintes dados: RG, CPF, endereço com município, telefones de contato e, se possível, número do chassi e placa do veículo.

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