Venho me queixando à concessionária Ford sobre os ruídos na transmissão do meu EcoSport desde a segunda revisão. Já foram feitas três tentativas de reparo, sem sucesso. Na última delas, reconheceram o defeito de fabricação, mas disseram que era preciso aguardar o envio das peças para fazer a troca do câmbio. Já faz quase um ano que aguardo uma solução. Há cinco meses, recebi comunicação de recall por causa de um defeito nas portas, e novamente a concessionária não dispunha dos componentes necessários. Não sei mais o que fazer com o carro e tenho visto muitas reclamações sobre o mesmo problema.
José Luiz da Silva, CAPITAL
Ford responde: caso resolvido.
O leitor confirma que foi feita a troca da embreagem. Ele conta que ficou decepcionado com o mau atendimento prestado pela marca e vendeu o carro.
Advogado: em caso de qualquer problema de funcionamento, a montadora deve realizar o reparo definitivo no prazo legal de 30 dias. Se o defeito persistir mesmo após o conserto, o veículo deve ser trocado por outro, para que a insegurança do consumidor não se eternize.
Veja as outras queixas publicadas na coluna Defenda-se desta semana
DAFRA LASER 150
Dificuldade para conseguir peças
Adquirimos em 2009 uma Dafra Laser 150 para uso em nosso armazém no Espírito Santo. A moto nos serviu muito bem por seis anos, quando precisou de manutenção, e aí começou o calvário. Como ninguém atendia a marca no Estado, tive de providenciar o traslado da moto para São Paulo. Como a autorizada não tinha disponíveis as peças necessárias, tive de buscar algumas em desmanches e outras não encontrei nem mesmo no mercado paralelo. Encomendei um dos componentes à concessionária, fiz o pagamento e me prometeram a entrega em 20 dias úteis. Mas já se passaram quatro meses e tudo que me dizem, em meus insistentes contatos, é que não há previsão de chegada. Essa é a vida do cliente da Dafra, que fica totalmente perdido e sem nenhum suporte da marca.
Helton de Freitas Mourão, CAPITAL
Dafra responde: a solicitação foi atendida pela concessionária ITVA Lapa em maio de 2016.
O leitor diz que a autorizada lhe forneceu uma peça usada, mas que resolveu o problema do defeito do veículo.
Advogado: o consumidor não está obrigado a sair em busca de peças de manutenção, uma vez que, pela lei, a fabricante ou importadora do produto deve manter item de reposição à disposição de seus clientes. Mesmo após o produto sair de linha, o mercado deve continuar abastecido por um tempo razoável.
GM PALAZZO
Carro usado com multas não pagas
Adquiri um usado na Palazzo da Marginal Tietê e, alguns dias após retirá-lo, recebi várias multas por infrações cometidas antes da compra. Além disso, como o veículo havia sido registrado em nome de uma pessoa jurídica e não houve indicação do condutor, as multas sofreram acréscimo, totalizando R$ 3.312. Fiz diversos contatos com a concessionária – pessoalmente, por telefone e por e-mail. Prometeram que a questão seria solucionada em alguns dias, mas vários meses se passaram e nenhuma multa foi paga. Embora o carro esteja com o licenciamento em dia, recebi uma cobrança da Prefeitura pelas multas pendentes, alertando que o débito não regularizado será inscrito na dívida ativa, com execução das pendências e comunicação aos órgãos de proteção ao crédito. Peço a ajuda de vocês, pois a concessionária não retorna meus contatos, nem cumpre o que diz, o que, além do prejuízo financeiro, também provoca um estresse enorme.
Paulo Ernesto Oliveira Lainetti, CAPITAL
Chevrolet responde: o caso foi resolvido.
O leitor confirma que a autorizada pagou as multas pendentes.
Advogado: as multas devem ser quitadas pelo vendedor do veículo, bem como as penalidades decorrentes do pagamento fora do prazo. Além disso, outros eventuais prejuízos resultantes da falta de pagamento devem ser reparados pelo revendedor, o que, dependendo do caso, pode incluir até mesmo uma indenização por danos morais.
Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, RG, CPF, endereço com município e telefones de contato para jcarro@estadao.com