Minha Saveiro 2011 sofreu uma colisão na traseira e, na concessionária, disseram que o reparo seria concluído em 15 dias. No entanto, a lateral interna, uma das peças necessárias, está em falta na rede autorizada e a fábrica não tem previsão de produzi-la. Por isso, já estou há três meses sem o carro que uso para trabalhar. Isso é inadmissível, sobretudo por se tratar de um modelo ainda em produção. Quando optei por um Volkswagen, jamais imaginei que um dia iria passar por essa situação.

Carlos Martinelli,SANTANA DE PARNAÍBA (SP)

VW responde: prestamos todos os esclarecimentos ao cliente.

O leitor diz que teve de buscar uma peça usada no mercado paralelo para solucionar o problema, após três meses de espera. Ele ajuizou ação judicial contra a Volkswagen, pedindo indenização por danos morais.

Advogado: ao deixar faltarem peças de reposição, a montadora viola o dever legal de manter o mercado abastecido. Por causa dessa infração à lei, a empresa se torna responsável por indenizar os prejuízos que a falha causar ao consumidor que se vê privado do uso de seu veículo, sejam tais danos de ordem material ou moral.

Leia outros casos da coluna ‘Defenda-se’:

CITROËN C4 PALLAS
Travamentodo câmbio

O câmbio automático do meu C4 Pallas está travando na terceira marcha. Creio que se trata de um defeito crônico, pois encontrei várias reclamações parecidas na internet. Meu amigo teve o mesmo problema e a concessionária fez o conserto mesmo fora da garantia, cobrando apenas a mão de obra, de R$ 1.600. Esperava conseguir uma solução parecida, mas para mim a autorizada apresentou um orçamento verbal de R$ 8 mil. Recorri à central de atendimento da marca, ponderei que fiz todas as revisões e inclusive cheguei a ter problemas anteriores com o câmbio, apenas temporariamente resolvidos. Mas alegaram que o carro está fora da garantia e, por isso, negaram o pedido de reparo sem ônus. Inconformado, fiz uma segunda reclamação à marca e o atendente pediu um prazo para averiguar o caso. Já faz um mês que estou à espera de um possível acordo, e nada.

Gabriel Henrique Balestero, SÃO PAULO (SP)

Citroën responde:após avaliação do caso junto à concessionária, a caixa de câmbio do veículo será reparada sem ônus ao cliente. O serviço já foi agendado.

O leitor confirma a informação.

Advogado: a empresa deve dar informação clara e objetiva ao consumidor quanto à realização do reparo, em vez de postergar a execução do serviço. Se a primeira queixa sobre o defeito do câmbio ocorreu antes do fim da garantia, como o leitor narra, a obrigação de fazer o reparo sem ônus perdura mesmo após terminado o prazo de cobertura da fábrica.

FORD NEW FIESTA
Trepidaçãona transmissão

Com menos de seis meses de uso, meu Fiesta passou a apresentar trepidação no câmbio em marcha lenta, e não tem força sequer para subir uma ladeira. Na primeira revisão, reclamei do problema e disseram que fizeram uma atualização no sistema. Longe de ter sido resolvida, a falha piorou e agora não posso nem ligar o ar-condicionado, já que o carro perde força. Voltei à oficina, o veículo ficou uma semana parado e reconheceram que seria preciso trocar o câmbio. Quase três meses se passaram e não há sequer previsão para chegada do componente. Não sou obrigada a ficar tanto tempo esperando para resolver um problema que não é meu, enquanto tenho de suportar o prejuízo e a Ford não se posiciona. Quero devolver o carro e desfazer o negócio.

Ana Maria Barreiro Contin,SÃO PAULO (SP)

Ford responde:a questão foi solucionada.

A leitora diz que já vendeu o carro. Ela fez a queixa quando o veículo tinha 3 mil km rodados, mas o câmbio só foi efetivamente trocado quando o hodômetro marcava 14 mil km.

Advogado:a montadora tem 30 dias para oferecer uma solução definitiva para o problema, contados a partir da primeira queixa do consumidor. Vencido esse prazo, ele ganha o direito a pleitear a troca do veículo por outro novo.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com