Com dois meses de uso, a central multimídia de meu Focus adquiriu vida própria: não liga quando eu aciono o botão e, às vezes, também não desliga. Na revisão de seis meses, a autorizada não conseguiu encontrar o defeito. Fiz a revisão seguinte em outra concessionária, que também não descobriu a origem do problema.
Jorge N. Fonseca, CRUZEIRO (SP)
Ford responde: em análise feita na concessionária, o sistema de som não apresentou comportamento anormal. Assim, foi feita uma reinicialização e, como o problema se manifesta de forma intermitente, orientamos o cliente a voltar à autorizada quando a falha reaparecer.
O leitor confirma a informação da montadora. Como já tentou resolver o problema em duas concessionárias, ele diz que irá procurar uma oficina independente, embora o carro ainda esteja dentro da garantia.
Advogado: o leitor tem razão. Quando o fornecedor não entrega um reparo eficaz, o consumidor tem o direito de buscar uma solução em uma oficina independente e pedir o ressarcimento da despesa à montadora. Isso não implica cancelamento da garantia, pois foi a atitude da própria montadora que deu causa ao reparo fora da rede.
TOKIO MARINE
Colisão com reparo demorado
Meu RAV4 sofreu uma colisão e foi recebido pela oficina da Tokio Marine em setembro de 2016. O veículo passou vários meses desmontado, por falta de peças, que seriam importadas do Japão. Só recebi o chamado para buscar o carro em julho de 2017, e ele estava em péssimas condições. Marcas de solda no para-brisa, bancos de couro machados (o do motorista estava rasgado) e borrachas e encaixes plásticos tortos. E mais amassados na lataria, manchas de tinta no farol e na porta. O carro saiu da oficina pior do que entrou.
Eu o devolvi e, quando o recebi novamente, no dia 10 de outubro, ainda havia problemas no alinhamento do capô e para-lama, o banco estava torto e com folgas no revestimento de couro e o para-brisa havia sido trocado, o que em minha opinião desvaloriza o veículo.
Contratei uma inspeção veicular no dia 31 de outubro e o carro foi reprovado. Queixei-me à ouvidoria da Tokio Marine, mas até agora o caso não foi resolvido. Paguei IPVA e seguro para meu carro passar 2017 inteiro parado.
Karen Tesima, DIADEMA (SP)
Tokio Marine responde: acatamos as reclamações da leitora, autorizamos os reparos adicionais e o veículo foi liberado no dia 10 de outubro. Entretanto, ela não quis retirá-lo, alegando que o veículo não estava pronto. Para provar que o carro havia sido consertado, contratamos uma vistoria do Inmetro e notificamos a leitora a retirar o carro, o que não ocorreu.
A leitora diz que a empresa que reprovou o seu carro é reconhecida pelo Detran-SP e questiona a validade da inspeção do Inmetro, que obteve resultado diferente. Ela insiste que o carro não foi totalmente reparado.
Advogado: se o carro realmente não foi reparado por inteiro e a leitora tem um laudo que atesta isso, ela terá de recorrer à Justiça para exigir que a seguradora execute os serviços faltantes. Ao longo do processo, o juiz confrontará as provas das duas partes.
HYUNDAI CRETA
Colisão com reparo demorado 2
Meu Creta sofreu uma colisão em 8 de outubro. Em menos de uma semana, a Porto Seguro autorizou o reparo. Mas a Hyundai demorou três semanas para entregar as peças. Durante esse período, ouvi desculpas absurdas, inclusive que a fábrica teria enviado um capô amassado.
Quando deixei o carro na oficina e puderam abrir o capô, constataram a necessidade de substituir outras peças. Recebi uma previsão de sete dias úteis, ou seja: entrega em 27 de novembro. Dá para acreditar que o pós-venda da Hyundai foi considerado o melhor do mercado?
Priscila Cordeiro, CAPITAL
Hyundai responde: o veículo foi reparado e entregue em 29 de novembro.
A leitora confirma a informação.
Advogado: a montadora é obrigada, por lei, a garantir a oferta de peças no mercado. Quando a falta de itens atrasa o reparo, os prejuízos causados ao consumidor pela demora na devolução do veículo devem ser reparados pela empresa.