Navegador GPS desatualizado
Já faz quatro meses que aguardo que a Kia forneça a atualização do sistema do navegador GPS do meu carro, mas a marca informa que não tem previsão sobre quando isso ocorrerá. Vou fazer uma viagem rodoviária nos próximos dias e o dispositivo atualizado é imprescindível para minha orientação e segurança. Temo que a Kia se exima de sua responsabilidade e eu tenha de ficar com um equipamento obsoleto, no qual não possa confiar.
Marta Costa Moreira, CAPITAL
Kia responde: os mapas do GPS do veículo foram atualizados com a última versão disponível.A leitora confirma que o carro foi levado à autorizada, mas diz que o navegador voltou desconfigurado e, poucos dias depois, travou e apagou durante uma viagem. Ela diz que o GPS está exibindo informações desatualizadas sobre itens como semáforos e limites de velocidade.
Advogado: ao declarar que o equipamento foi “devidamente atualizado”, a própria empresa assume que tem a obrigação de manter o serviço em perfeita condição de uso. A leitora deve exigir a atualização do GPS, bem como a reparação de eventuais prejuízos causados pela falta de atualização do dispositivo.
HONDA FIT
Reparo em garantia negado
Na semana passada, com meros 9 mil km rodados, meu Fit teve um apagão súbito e quase provocou um acidente em uma via expressa. O motor não pegou mais e o carro foi rebocado. Em contato telefônico com a autorizada, recebi o diagnóstico de corrosão da bomba de combustível, causada por agente externo. Por isso, a troca da peça não seria coberta pela garantia e custaria R$ 1.200.
Sou engenheira química, conheço bem o que é uma bomba e sei mais ainda sobre processos corrosivos. Fui até a concessionária e, quando questionei que parte da bomba teria sofrido corrosão, visto que ela é feita principalmente de plástico, o atendente me mostrou um manual interno com a orientação de classificar esses casos como “agente externo – sem garantia”.
Como uma avaliação tão superficial, feita pela simples comparação visual entre a bomba do meu carro e fotos de um manual, pode concluir que houve corrosão e, ainda por cima, causada por combustível ruim? Exigi que a Honda emitisse um laudo técnico e não fui atendida.
Lygia Malagutti, SANTO ANDRÉ (SP)
Honda responde: o veículo foi reparado e entregue à cliente.
A leitora confirma que a peça foi trocada em garantia no dia seguinte ao envio da queixa.
Advogado: a leitora fez bem em exigir da montadora um laudo técnico. Sem a devida comprovação da alegada corrosão por uso de combustível ruim, a empresa não pode negar o reparo em garantia.
FORD SUPERFORD
Reviravolta na negociação
Tentei adquirir um Ford Ka zero-km. Na autorizada, avaliaram meu usado em R$ 7.500, fizeram-me preencher vários formulários e, após a aprovação do crédito, encaminharam meu carro à vistoria cautelar na oficina com quem mantinham relação comercial.
Após essa inspeção, porém, a concessionária me surpreendeu reduzindo o valor da avaliação para R$ 4.500, ou R$ 5.500 se eu substituísse os pneus por minha conta. Não aceitei esses termos e o negócio não se concretizou. Pedi que me reembolsassem os R$ 330 que paguei pela vistoria, mas não obtive êxito, e quero ser ressarcido.
Luciano A. Nascimento, CAPITAL
Ford responde: a perícia cautelar constatou que o usado apresentava ferrugem no chassi, histórico de roubo e problemas estruturais que inviabilizaram a transação pelo valor oferecido inicialmente. O cliente recusou a nova proposta. Mesmo de posse do laudo, ele acha que tem direito a reaver o valor da perícia, que lhe será devolvido.
O leitor confirma o reembolso. Ele alega que, na negociação, não lhe informaram que seu usado teria de passar por perícia e diz que a loja foi desleal ao reduzir o valor da avaliação.
Advogado: durante a negociação, os custos envolvidos devem ser previamente detalhados. A loja deveria ter informado ao leitor que ele teria de arcar com a perícia e seu resultado poderia reduzir o valor de avaliação do bem. Se isso não ocorreu, a devolução do valor da perícia é a saída correta.
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