A primavera começou no domingo e, com a mudança da estação, o ar-condicionado do carro pede atenção especial. O inverno deste ano não foi dos mais rigorosos, mas é provável que o sistema tenha sido pouco usado.
“A falta de uso regular é a principal origem dos problemas do sistema”, afirma o representante da Câmara de Ar-Condicionado do Sindirepa, o sindicato das reparadoras, Ernesto Miyazaki. O especialista recomenda ligar o dispositivo de 15 a 30 minutos pelo menos duas vezes por semana. “Isso faz o gás refrigerante circular e purifica os componentes.”
Outro problema comum é o acúmulo de impurezas no filtro de ar-condicionado – também chamado de filtro de cabine. Isso prejudica o desempenho do aparelho, causa proliferação de fungos e mau cheiro.
“Esses fungos surgem em aparelhos com má manutenção ou devido à entrada de sujeira no sistema. É comum haver folhas, poeira, pedaços de insetos e cabelo que ficam no aparelho e começam a se decompor”, explica o responsável pelo pós-vendas da Freudenberg Filtration Technologies, empresa responsável pela MicronAir, Luciano Ponzio.
Segundo os profissionais consultados, os filtros são projetados para durar, no máximo, 15 mil quilômetros ou um ano. “Mas, dependendo das condições em que o veículo trafega, esse período pode ser reduzido.” diz Ponzio.
PREÇOS
As peças de reposição do sistema são relativamente baratas. O filtro de cabine do Kia Soul, por exemplo, sai por R$ 34,50 na Jocar (www.jocar.com.br).
Na Arcon (3744-3538), oficina especializada em manutenção de ar-condicionado na zona oeste, a carga de gás custa R$ 120 para qualquer modelo.
Na Navesa (3740-2222), autorizada Ford na zona sul, o filtro de cabine do Fiesta custa R$ 38. Esse valor inclui mão de obra.