MARCELO FENERICH
Trafegar com o para-brisa danificado é ilegal, já que prejudica a visibilidade do motorista e, consequentemente, a segurança no trânsito. Conforme a Resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), quem for flagrado com o vidro dianteiro danificado fica sujeito a cinco pontos na CNH, multa de R$ 127,69 e retenção do veículo até a regularização.
Segundo o representante técnico da fabricante de vidros automotivos Saint-Gobain Sekurit, Adilson Rocha, há casos em que é possível recuperar a peça. A trinca não deve ocupar o campo de visão do condutor, nem ficar a 2,5 cm das bordas. Tem de ter menos de 20 cm de comprimento e a fratura de configuração circular não pode passar de 4 cm de diâmetro. Fora dessas condições, a única solução é a troca. “Outro fator que impede o reparo é quando a fissura rompe o plástico que fica entre as duas lâminas do vidro.”
O gerente nacional de vendas da Carglass (2699-7699), Roberto Bocchi, explica que o reparo deve ser feito assim que a trinca aparecer. “Se impurezas entrarem na trinca do vidro, a manutenção será prejudicada. Além disso, com a pressão do vento e a torção da carroceria, a rachadura pode aumentar.”
Na Carglass, o reparo do para-brisa custa R$ 109, independentemente do tamanho da trinca, e leva cerca de 20 minutos para ser concluído. “Quando comparado aos preços de um vidro novo, que pode variar de R$ 240 a R$ 5 mil, dependendo do modelo do veículo, o serviço é barato”, afirma Rocha.
O gerente de operações e negócios da Autoglass (0800-701-5222), Flávio Cezário, afirma que nas oficinas da rede o reparo é feito em cerca de meia hora. “Para reparar trincas de até 5 cm, cobramos R$ 60. Acima disso, são R$ 90.” Ele diz que um para-brisa novo parte de cerca de R$ 250.