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Renault Logan zero-km vem recheado de problemas, reclama leitor
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Renault Logan zero-km vem recheado de problemas, reclama leitor

Em apenas cinco meses, Logan apresenta falta de óleo no motor, barulhos no habitáculo e ar-condicionado com defeito

Redação

03 de jan, 2018 · 7 minutos de leitura.

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Crédito: Renault
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Há cinco meses, comprei um Logan 1.6 e o que era para ser felicidade virou decepção. O carro estava com 7 mil km quando notei que quase não havia óleo no motor, surgiram barulhos no habitáculo e o ar-condicionado não resfriava a cabine. O funcionário da Renault abriu o capô, constatou o problema e fez menção de completar o nível de óleo, mas eu o impedi. Eu disse que não concordava com tal atitude e pedi um parecer técnico sobre a falta de óleo em um carro vendido como zero-km. A concessionária realinhou as portas, reprogramou o motor e fez dois reparos no ar-condicionado, mas os problemas permaneceram. Na terceira volta à oficina, mancharam o banco do motorista e devolveram o carro com o sensor do ar-condicionado desligado.
Fábio Sabbag Martins, ATIBAIA (SP)

Renault responde: o veículo foi reparado e entregue ao cliente.

O leitor diz que o problema no ar-condicionado e os ruídos na cabine persistem.

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Advogado: se o leitor obtiver um laudo de oficina idônea confirmando a persistência dos problemas relatados, poderá exigir a troca do veículo na Justiça, já que a montadora não realizou os reparos necessários no prazo legal de 30 dias. Outra opção é fazer o conserto por conta própria e posteriormente cobrar essa despesa da fabricante.

Outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se nesta semana:

SULAMÉRICA


Reparo malfeito após colisão

O carro de minha esposa sofreu uma colisão em janeiro de 2015 e foi reparado em oficina referenciada da SulAmérica. Há duas semanas, tentamos vendê-lo, mas perdemos o negócio, pois o veículo foi reprovado na vistoria, que revelou que a longarina não havia sido reparada. De fato, a peça apresenta amassados, marcas de marteladas e solda enferrujada, pois não foi pintada. Relatei o ocorrido à seguradora e a ouvidoria prometeu marcar uma nova vistoria, mas não me deu um prazo para isso e não tive nenhum retorno até agora. A seguradora não deveria usar somente peças novas em seus reparos?
Libério Mendes Soares Jr., MOGI DAS CRUZES (SP)

Sulamérica responde: tentamos agendar uma nova vistoria, mas o leitor já vendeu o veículo.
O leitor diz que, depois de ter perdido o primeiro negócio, teve de vender o carro por um valor inferior, após informar o novo comprador sobre o problema. Ele afirma que ficou assustado ao descobrir a má qualidade do conserto, e surpreso porque acreditava que a seguradora garantiria a qualidade do reparo e reprovaria um serviço malfeito por uma oficina referenciada, o que não ocorreu.


Advogado: todos os prejuízos sofridos pelo leitor com o reparo no veículo devem ser reparados pela seguradora, pela oficina, ou por ambas, que têm responsabilidade solidária nesse caso.

FORD FIESTA

Troca precoce de amortecedores


Comprei um Fiesta zero-km em abril de 2015. Em agosto de 2017, na terceira revisão, dos 30 mil km, foi constatada a necessidade de troca do conjunto de amortecedores. Pedi que o reparo fosse feito em garantia, já que a cobertura de fábrica da Ford é de três anos, mas a montadora recusou, alegando que o problema decorreu de desgaste natural. Ora, alguém já teve um carro cujos amortecedores precisaram ser trocados com 30 mil km? Que meu desabafo sirva como alerta aos leitores que pretendem comprar um veículo que, além dos conhecidos problemas no câmbio automatizado, não cumpre o que promete.
Fabio Alexandre Pessuto, SANTANA DE PARNAÍBA (SP)

Ford responde: esclarecemos ao cliente que a garantia não cobre itens de desgaste natural, mas apenas problemas de qualidade do produto, cuja ocorrência não foi comprovada.
O leitor diz que, a contragosto, arcará com o custo. Ele considera que o problema é incompatível com a quilometragem.

Advogado: o desgaste natural afasta o dever da fabricante de arcar com o ônus da troca da peça. Mas para isso é preciso um laudo que prove que a vida útil do componente foi mesmo exaurida pelo uso. O leitor pode ir à Justiça para obrigar a empresa a demonstrar, por meio de uma perícia, o alegado desgaste natural.


Quer participar? Envie um resumo do problema para o e-mail jcarro@estadao.com. Informe nome completo, RG, CPF, endereço com município e telefones de contato

 

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