Nem todos os serviços oferecidos por oficinas, ou mesmo concessionárias, são necessariamente obrigatórios para o bom funcionamento do veículo. Alguns, como a calibragem dos pneus com nitrogênio, até podem trazer benefícios, mas não compensam o custo extra.
“Em modelos com câmbio manual, por exemplo, não é preciso trocar o óleo da transmissão, que acompanha o carro por toda sua vida”, explica o engenheiro mecânico Paulo Pedro Aguiar, da Engin Engenharia Automotiva. Ele afirma que esse procedimento só é necessário em alguns veículos com câmbio automático. “Nos manuais, o lubrificante só deve ser verificado de tempos em tempos nos com tração 4×4.”
Um procedimento dispensável é calibrar os pneus com nitrogênio. “O gás é indicado para uso em situações específicas, como em competições ou em percursos muito longos, em que pode ajudar a conservar mais o pneu”, explica o especialista. Ele afirma que para que haja algum benefício, primeiro é preciso esvaziar completamente o ar do pneu antes de enchê-lo com nitrogênio.
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Outro complicador é que há poucos locais em que o gás é oferecido. Nos postos de combustível, por exemplo, o gás é cobrado. “No dia a dia, dificilmente o motorista notará alguma diferença”, diz Aguiar.
A limpeza dos bicos injetores de combustível também não é imperativa. Em geral, quando essas peças apresentam algum tipo de falha, é caso de troca, e não de limpeza.
Mais caras que os filmes convencionais, as chamadas películas antivandalismo são vendidas como um produto que oferece proteção extra para os vidros. Trata-se de um produto mais grosso que, por si só, não impedirá o arrombamento do carro. Em lojas especializadas, custa cerca de R$ 1.300.