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Segurança na hora de parar
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Segurança na hora de parar

Belisa FrangioneA durabilidade média do sistema de freios do veículo é de 50 mil quilômetros, segundo César Samos, diretor do... leia mais

09 de jan, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Segurança na hora de parar

Belisa Frangione

A durabilidade média do sistema de freios do veículo é de 50 mil quilômetros, segundo César Samos, diretor do Sindirepa, sindicato das empresas de reparação do Estado. Com o tempo, o conjunto, formado por discos, pastilhas, tambor e lonas (atrás), pode apresentar desgaste acentuado, com risco de perda de eficiência.

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“O sistema deve ser revisado a cada 10 mil quilômetros rodados”, afirma Samos. “As pastilhas e os tambores estão mais sujeitos a desgaste se o veículo roda muito na cidade”, afirma o especialista.

Maus hábitos ao volante colaboram para o aparecimento de problemas, segundo o consultor da Oficina Brasil, Antônio César. Os mais comuns são andar “na banguela” (com o carro desengatado) e frear bruscamente. Isso exige a troca constantes de pastilhas e lonas.

O fluido de freio também requer atenção. Se o nível estiver baixo, não basta completar. “É preciso checar se há vazamento e se não está na hora de trocar as pastilhas”, alerta Samos.


“É importante ficar atento aos ‘sinais’ enviados pelo carro”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Nilton Monteiro. “Vibrações e assovios quando se pisa no pedal do freio, além de vazamento de fluido, requerem uma análise mais detalhada.” Ele diz que ao puxar a alavanca do freio de estacionamento deve-se ouvir de três a quatro “cliques”. Acima disso, é possível que haja folga excessiva na haste.

SISTEMA ABS
Segundo os especialistas, o ABS, que será obrigatório nos carros novos a partir de 2014, dificilmente apresenta defeito. Em geral, quando há algo errado uma luz no painel indica a falha. “Os problemas mais comuns envolvem os sensores nas rodas”, conta Monteiro.

MANUTENÇÃO
Na zona leste, na Mecânica do Gato (2028-0288) a troca do fluido de freio parte de R$ 90 e leva uma hora pare ser feita. Já na Oficina Brasil (www.redeoficinabrasil.com.br), substituir disco e pastilha vai de R$ 200 a R$ 250, dependendo do carro.


Na Dealer (3585-9393), concessionária Honda na zona sul, o disco de freio dianteiro para um Civic sai por R$ 251. Na Sorana (3795-5811), autorizada Volkswagen na zona oeste, a verificação do ABS é gratuita para qualquer carro da marca.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.