Thiago Lasco
O air bag, que a partir do ano que vem será obrigatório em todos os veículos vendidos no Brasil (apenas os dois frontais), não exige manutenção, segundo especialistas. Porém, funciona uma única vez e, neste caso, a instalação de um novo pode ultrapassar os R$ 10 mil.
Publicidade
Quando as bolsas são ativadas e inflam, suas cápsulas liberam nitrogênio apenas uma vez. Por isso, são descartáveis.
A instalação de um novo deve ser feita pela montadora, que colocará o equipamento próprio de cada modelo. “Não dá para usar air bag de Gol em uma Saveiro, pois eles podem ter litragem (volume de gás gerado) diferente”, ilustra o técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) Alessandro Rubio.
O serviço parte de R$ 2mil e pode atingir valores bem mais altos. “Muitas montadoras exigem a troca do módulo do sistema, o que encarece a conta, que chega a R$ 5 mil em carros pequenos e R$ 12 mil em médios”, conta Rubio.
Sobre a vida útil do dispositivo, o professor da FEI Ricardo Bock afirma que, por ter componentes encapsulados, ele não se deteriora com o tempo. Já Rubio defende que, mesmo que nunca tenham sido ativados, os air bags devem ser inspecionados em modelos com mais de 10 anos.
SEGURANÇA
Há situações em que o air bag pode ferir motorista e passageiros, pois a explosão é muito rápida - o processo de inflar e murchar leva 40 milissegundos. Por isso, só cumprirão seu papel de proteger os ocupantes se usados com cinto de segurança. Manter distância segura do volante e do painel - pelo menos 25 cm para o motorista e 40 cm para o passageiro - também é fundamental, assim como regular corretamente o encosto de cabeça dos bancos.
“O passageiro dianteiro nunca deve apoiar o pé no painel, pois, se o air bag inflar, sua perna será empurrada para trás com violência”, diz Rubio. Outra precaução é não pegar objetos nos porta-trecos com o carro em movimento. “Em caso de colisão, você estará mais próximo do painel que o ideal e as bolsas poderão machucá-lo.”
Crianças até 12 anos devem ser transportadas no banco de trás - mesmo as que ainda usam cadeirinhas. Em caso de picapes de dois lugares, elas só podem ser levadas na frente se o carro tiver comando para desativar o air bag. “Em veículos com mais lugares, levar crianças na frente é passível de multa, mesmo em modelos em que as bolsas puderem ser desabilitadas”, adverte Rubio.
A explosão do air bag dianteiro pode ferir gravemente - e até mesmo fatalmente - crianças. Se o veículo tiver bolsas laterais, entre em contato com a fabricante para verificar se o tem é adequado aos pequenos.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)
