Chuvas de granizo e caminhões de cascalho fazem parte da rotina em cidades e estradas. Mas o contato das pedrinhas originadas por ambos com o para-brisa pode render uma bela dor de cabeça – e no bolso. Em caso de danos à peça, raramente é possível repará-la. Na maioria das vezes, é preciso substituí-la.
“O para-brisa pode ser recuperado se o diâmetro da trinca tiver o tamanho máximo de uma moeda de R$ 1 e ocorrer a mais de três centímetros das bordas”, explica o diretor de marketing da Carglass, Daniel Capeloza. “Se o dano ocorrer do lado do motorista, a peça tem que ser trocada independentemente da extensão e o mais rápido possível.” Isso porque a rachadura pode prejudicar a visibilidade.
“O reparo também pode ser feito nos casos em que a trinca não se alastra”, diz o diretor do Sindirepa, o sindicato das reparadoras, Silvio Rivarolla.
Artesanal, o conserto dura mais de meia hora. Por meio de um bisturi, a trinca é aberta e dentro dela é aplicada uma resina. A secagem, com luz ultravioleta, auxilia na cristalização da resina, que depois passa por raspagem para a retirada do excesso.
Os especialistas consultados recomendam que o reparo seja feito imediatamente após a trinca surgir, já que ela pode se alastrar até por razões simples do dia-a-dia. “O estrago se torna maior e mais rápido se o veículo passar por trepidações e buracos, ou sofrer um choque térmico”, fala Capeloza. Há risco de o vidro quebrar.
Problemas
Além de impedir a plena visão, a trinca com mais de 10 centímetros de comprimento e quatro centímetros de diâmetro configura infração grave, que pode render cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), multa no valor de R$ 127,69 e retenção do veículo para regularização.
Valores
Na Carglass (www.carglass.com.br), o reparo da trinca custa R$ 109. Já o para-brisa para o Fiat Uno sai por R$ 250.
Na autorizada Caltabiano Toyota (3660-3000), na zona oeste, a troca do para-brisa de um Corolla custa R$ 1.200. O valor inclui a mão de obra e o serviço leva um dia para ser concluído.