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Vai viajar? Não descuide da manutenção antes de pegar a estrada
Manutenção

Vai viajar? Não descuide da manutenção antes de pegar a estrada

Ao longo desta semana, vamos apresentar um guia básico que o motorista deve seguir antes de viajar

Redação

10 de dez, 2019 · 5 minutos de leitura.

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abrindo capô do motor
Antes de viajar, faça você mesmo a verificação de itens básicos do veículo, para não correr o risco de estragar as férias
Crédito:Igor Macário/Estadão

Viajar de carro nesta época do ano é algo tão tradicional como festejar com a família e comer panetone. Mas, para não transformar o prazer em problema, é preciso conferir se tudo está em ordem no automóvel.

Por isso, preparamos um guia básico que será publicado ao longo desta semana, com orientações simples de o que precisa ser verificado antes de ir para a estrada.

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Durante as férias, são comuns os acidentes de trânsito nas estradas motivados por imprudência e excesso de velocidade. Falhas mecânicas também são comuns. Por isso, todo cuidado é pouco para não transformar o passeio em estatística da polícia.


Motorista e veículo precisam estar preparados para condições incomums. No caso do condutor do veículo, nem todo mundo está habituado com rodovias. Quem vive em centros urbanos como São Paulo normalmente anda em baixa velocidade, por causa do trânsito travado. Nas cidades, dependendo do dia e do horário, a velocidade média pode ficar abaixo dos 15 km/h.

Nas estradas, por outro lado, há locais em que é permitido circular a 120 km/h, ou quase dez vezes mais. Isso muda tudo, e o motorista precisa estar preparado para as reações diante de imprevistos.

Na hora de viajar, o carro é que trabalha

Da mesma forma, o automóvel também vai enfrentar condições diferentes do dia a dia. Na cidade, os trajetos não costumam ser muito longos e o carro passa boa parte do dia “descansando”. Nas férias, os papéis mudam. O sossego da máquina acaba, e começa o da família.


Nesta época, nas férias de verão, a temperatura ambiente é bem mais alta, especialmente no litoral. Os deslocamentos são maiores e o veículo anda mais carregado, com família e bagagens. Por isso, os sistemas de refrigeração (do motor e da cabine) precisam estar preparados.

Comece pela documentação. Confira se o documento do veículo está em ordem, e se ele foi licenciado este ano. O carro pode ser apreendido se não estiver com a documentação em dia, ou se a habilitação do condutor tiver vencido há mais de 30 dias – isso gera multa e 7 pontos na CNH.


Veja também se o triângulo de segurança e o macaco estão no carro. Se um pneu furar, eles serão necessários.



Os pneus são essencias para a boa estabilidade do veículo. São eles que fazem a ligação entre o automóvel e o pavimento. Se estiverem muito desgastados, podem não garantir a aderência com o solo, especialmente em caso de piso molhado.

Luzes queimadas deixam não apenas o motorista sujeito a multas como podem comprometer a visibilidade noturna. E limpadores em mau estado também prejudicam muito a visibilidade, especialmente em caso de chuvas fortes aliadas a velocidades mais altas.


Nos próximos dias, vamos aprofundar os temas, para que a viagem comece bem e termine melhor ainda.

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Jornal do Carro
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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.