Thiago Lasco
Responsável por armazenar a energia que será usada pelos componentes elétricos do veículo, a bateria requer cuidados para se manter eficiente. Se for preciso fazer uma limpeza, o ideal é usar um pano seco. “É preciso proteger a bateria da água, que pode danificá-la, sobretudo se for pressurizada”, diz o diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa), Antônio Gaspar de Oliveira.
A falta de uso compromete a durabilidade da peça. O motor do carro deve ser ligado ao menos uma vez por semana, de 20 a 30 minutos, para que o alternador recarregue a bateria.
Desconectar os polos, truque muito usado por quem sai de férias e vai deixar o veículo parado por muito tempo, por exemplo, não compensa. “Isso pode causar problemas na injeção eletrônica e até desregular a marcha lenta”, diz Oliveira.
Outro problema é que, com a bateria desligada, itens como alarme e rastreador deixam de proteger o carro e, em caso de furto, a seguradora pode se recusar a pagar a indenização.
Outra dica é evitar deixar o sistema de som por muito tempo com o motor desligado. Isso evita que a carga se esgote completamente.
Se o veículo tiver algum tipo de pane elétrica e não ligar, não se deve tentar fazer o motor pegar “no tranco”, segundo Oliveira. “Há o risco de rompimento da correia dentada e empenamento de válvulas.”
ESCOLHA
Na hora de trocar a bateria, o primeiro passo para escolher o modelo adequado é consultar o manual do proprietário do veículo. No livreto há especificações quanto à amperagem requerida por cada modelo.
Existem dois tipos de baterias à venda no mercado. Nas de tecnologia mais antiga é preciso completar o nível da solução periodicamente em oficinas especializadas. Esse tipo de produto vem perdendo espaço para as seladas, que são bem mais modernas.
Elas têm durabilidade entre dois anos e meio e três anos – o dobro das convencionais. Em contrapartida, seu custo é cerca de 50% maior.
Na Elite (3297-9867), loja na zona oeste, uma bateria de 45 ampères, como a que equipa as versões básicas de carros como Chevrolet Celta e Fiat Palio, custa de R$ 100 a R$ 120 (convencional) e de R$ 180 a R$ 250 (selada). O Ford EcoSport e os Chevrolet Astra e Vectra usam as de 60 ampères, que vão de R$ 180 a R$ 300 na Mega Baterias (5041-1681), na zona sul.
A instalação de equipamentos como som e ar-condicionado eleva o consumo de energia elétrica e pode exigir a troca da bateria. “É possível que haja sobrecarga do sistema e até incêndio”, avisa Oliveira.