O Brasil encara o fenômeno do envelhecimento de frota de carros. Conforme dados do Sindipeças, a idade média dos automóveis já ultrapassa os 11 anos
Esse aumento é atribuído ao alto custo dos veículos novos, juros elevados e dificuldades no acesso ao crédito, o que leva muitos consumidores a buscarem o mercado de usados
A falta de renovação da frota pode trazer sérias consequências para a segurança nas ruas e estradas do País. Afinal, modelos mais antigos, como Fiat Palio, Uno e Volkswagen Gol estão entre os mais procurados, mas não trazem os recursos de proteção disponíveis nos carros atuais
Esse envelhecimento da frota, portanto, potencializa o risco de acidentes, uma vez que os componentes desgastados, como pneus, freios e sistemas de iluminação, são causas recorrentes de acidentes nas estradas
Além de estarem caríssimos, os carros novos demandam um alto custo para o consumidor. Conforme artigo do jornalista Luiz Guerreiro na revista Autoesporte, um carro popular 0-km gasta em média cerca de R$ 30 mil por ano com despesas “básicas” para que o veículo fique em ordem para rodar
Com o desgaste natural, carros usados exigem mais manutenção, o que leva muitos a optarem por pneus remoldados ou usados, que custam até 50% menos. No entanto, esses pneus oferecem menor durabilidade e segurança em comparação aos novos
Outro ponto de preocupação, por vezes colocado de lado, é o impacto ambiental. Carros mais antigos tendem a poluir mais o ar, aumentando as emissões de gases do efeito estufa e agravando o aquecimento global