Amor de fã conta muito, mas não paga as contas. Foi essa a conclusão da Peugeot ao descartar a produção em série do protótipo elétrico e-Legend, apresentado na última edição do Salão de Paris.
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Por fora, o conceito trazia linhas inspiradas no icônico 504 Coupé. Por dentro, uma cabine arrojadíssima e motor 100% elétrico. O mais legal, porém, é a possibilidade de condução autônoma nível 4. Nesse nível, o quarto entre cinco, o carro já é capaz de rodar com autonomia, mas ainda existe a possibilidade de o condutor intervir.
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O que nasceu como um simples estudo de estilo, porém, adquiriu proporções inusitadas. A recepção do público foi tão entusiasmada que fãs se mobilizaram em um abaixo-assinado virtual.
O objetivo era pedir que a Peugeot levasse o conceito para a linha de produção. A petição online tinha como meta chegar a 500 mil assinaturas. E conseguiu cerca de 57 mil, o que não é pouco.
Sem rentabilidade, o protótipo não tem chance
Infelizmente, porém, a beleza dos sonhos não resistiu à crueza dos números. O presidente da marca francesa, Jean-Philippe Imparato, explicou que fabricar o e-Legend demandaria um investimento de 250 milhões de euros, mais de R$ 1 bilhão. E que não faria sentido fazer um aporte dessa grandeza em um modelo que atenderia apenas a um pequenino nicho.
É uma pena, mas não uma surpresa. Quando assumiu a chefia do grupo PSA (do qual a Peugeot faz parte), o português Carlos Tavares mostrou que não estava disposto a gastar dinheiro com nichos de mercado que fossem pouco rentáveis. Isso causou, entre outras coisas, o fim do roadster RCZ.