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Avaliação: Kia Stinger, sedã esportivo sul-coreano de 370 cv
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Avaliação: Kia Stinger, sedã esportivo sul-coreano de 370 cv

Com motor V6 biturbo de 370 cv e estilo agressivo, Kia Stinger quer disputar espaço com alemães de ‘grife’

José Antonio Leme

13 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

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stinger
KIA STINGER FITTIPALDI EDITION. CRÉDITO: JF DIORIO/ESTADÃO
Crédito:

Stinger, que em português significa ferrão, é um nome que faz jus ao sedã com estilo de cupê e proposta esportiva da Kia. Importado da Coreia do Sul e com preço de R$ 349.990, o modelo tem como missão disputar espaço com alguns alemães, a exemplo do BMW 540i (340 cv e R$ 411.950) e o Mercedes-Benz E250 (240 cv e R$ 358.990), entre outros.

Por ora, o Kia Stinger é oferecido apenas na edição Fittipaldi Edition, que traz plaqueta com número de série no painel e é limitada a 20 unidades. O carro traz motor V6 3.3 biturbo, que rende 370 cv e 52 mkgf, câmbio automático de oito marchas e tração integral sob demanda.

O motor “enche” rápido e trabalha com uma faixa de torque progressivo e constante, que permite aproveitar bem a força, especialmente no modo de condução Sport. Nessa configuração, o motorista é empurrado com força contra o banco ao pisar forte no pedal do acelerador.

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Além desse, há os modos Auto, Eco e Conforto. Eles mudam respostas de direção, motor, câmbio e suspensão. O câmbio tem trocas rápidas e imperceptíveis. É possível fazer as mudanças na alavanca ou por aletas no volante.

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A tração integral, com entrega maior no eixo traseiro, deixa o carro bem ágil nas curvas, apesar dos 4,83 metros de comprimento. Os eixos posicionados bem nas extremidades, reduzindo os balanços do Stinger, também ajudam.


A suspensão eletrônica trabalha bem, mas não sabe lidar com buracos e ressaltos no asfalto. A posição de guiar é esportiva e baixa, bem próxima ao assoalho do carro. Os bancos semiesportivos ‘abraçam’ os ocupantes na frente e o do motorista tem extensor nas pernas.

Os controles ficam à mão e o painel é completo, mas com mostradores analógicos. Por dentro, o acabamento é de qualidade, com detalhes de couro e cromados. Já o miolo do volante é o mesmo do utilitário-esportivo Sportage.


EQUIPAMENTOS DO STINGER

Além de bom de guiar, o Stinger é bem equipado. De série, traz controles de tração e estabilidade, freios Brembo, head-up display, câmeras 360°, sete air bags, carregador de celular por indução, sistema de som Harman-Kardon, faróis de LEDs e alerta de tráfego cruzado.

Há ainda controle de velocidade de cruzeiro, mas sem a função adaptativa (o que é uma pena em um carro de R$ 350 mil) e bancos com resfriamento e aquecimento.

PRÓS E CONTRAS


  • PRÓS – TREM DE FORÇA

Estilo conta, mas o V6 rende bem quando exigido e dá boa dose de esportividade ao sedã com estilo de cupê.

  • CONTRAS – PREÇO

Apesar dos bons atributos, a tabela do carro sul-coreano é similar à de modelos alemães consagrados e assusta.

FICHA TÉCNICA


Motor
3.3, V6, 24V, gasolina
Potência (cv)
370 a 6.000
Torque (mkgf)
52 a 1.300 rpm
Câmbio
Automático, oito marchas
Comprimento
4,83 metros

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”