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Como manter os amortecedores em dia
Manutenção

Como manter os amortecedores em dia

Dirigir com cautela e evitar os buracos deixados pela estação de chuvas é o melhor a se fazer para prolongar a vida dos amortecedores

Redação

28 de abr, 2019 · 6 minutos de leitura.

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Buracos "brotam" nas ruas todos os dias em São Paulo, resultado da combinação de excesso de chuvas e falta de manutenção
Crédito:Gabriela Biló/Estadão

A temporada de chuvas já foi. Mas, como sempre ocorre nessa época, o que fica como lembrança é a buraqueira no piso, causada pela combinação de excesso de água e escassez de manutenção. Os buracos estão por toda parte, e eles são inimigos ferozes de pneus e suspensões, compostas por um delicado sistema formado por amortecedores, molas e outros componentes.

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Sempre que possível, o motorista deve ficar atento e desviar dos defeitos com antecedência. Manobras bruscas podem ser perigosas. Isso porque, na tentativa de desviar rapidamente, há o risco de atingir outro carro ou moto. Lembre-se que nas cidades carros e motos andam muito próximos uns dos outros.

+ Entenda os sinais que a suspensão dá 


+ Aditivos são necessários?

Para evitar prejuízos, é recomendável prestar muita atenção no caminho, porque o buraco surge sem dar aviso prévio.

Por isso, evite distrações (como dar uma olhadinha no celular, por exemplo). Procure olhar para frente para ter tempo de reagir com segurança, em caso de imprevisto. E evite andar muito próximo do veículo da frente. Sem ver o chão, você pode ser vítima de um buraco.


Se o defeito na pista estiver no meio do caminho, posicione o carro para que ele fique entre as rodas. Caso seja inevitável o desvio, diminua a velocidade e passe por ele bem devagar. Quanto menor o tranco da carroceria sobre a suspensão e pneus, melhor. Dessa forma, ameniza-se o desconforto de quem está no veículo. E lembre-se que esse conjunto suporta mais de uma tonelada o tempo todo. Já é uma tarefa e
tanto sem solavancos muito fortes. Portanto, não há necessidade de forçar ainda mais o trabalho de quem está lá embaixo.

Se você for passar por algum trecho coberto de água, diminua ainda mais a velocidade, mesmo que a camada de água seja fina. Isso porque pode haver algum buraco oculto.


Caí no buraco, e agora?

Mesmo tomando todos os cuidados, é possível que em algum momento você vai cair em um buraco. É questão de probabilidade. Quanto mais defeitos na via, maior a chance de você ser vítima deles. Por isso, se isso acontecer, fique atento a possíveis sinais que o carro dá, após o impacto.

Em condições normais, a suspensão aguenta um ou outro desaforo e supera o ocorrido sem problemas. Por isso, após o incidente, veja se a direção continua alinhada e se não há vibração no volante. Se você precisar esterçar a direção para manter o veículo em linha reta, pode ser sinal de que algum componente da suspensão foi afetado. Nesse caso, é recomendável conferir o alinhamento em uma oficina de confiança.

Se o volante passar a vibrar, pode ser sinal de que a roda amassou por causa do baque. Em alguns casos, se a roda for de ferro, é possível desamassá-la. Se ela for de liga leve, no entanto, a recuperação é mais difícil, e é provável que seja necessário substituí-la.


Atenção também aos pneus. Dependendo da pancada (ou se o buraco tinha uma quina muito “viva”), há o risco de eles sofrerem algum corte ou ruptura na estrutura, o que ocasiona bolhas nas paredes laterais. Se isso ocorrer, é preciso trocá-los.

Quanto à suspensão, um mecânico de confiança pode avaliar o estado dos amortecedores. Possíveis vazamentos de óleo são sinais de que é preciso fazer a troca. E, se isso acontecer, faça sempre a substituição da dupla do mesmo eixo, mesmo que apenas uma peça esteja defeituosa.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.