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Ford Ranger ganha leve reestilização e mais tecnologia na linha 2020
Avaliação

Ford Ranger ganha leve reestilização e mais tecnologia na linha 2020

Ranger recebe retoques no visual e equipamentos inéditos na categoria, para tentar reação nas vendas

Hairton Ponciano Voz

25 de jun, 2019 · 8 minutos de leitura.

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Ford Ranger
Externamente, a mudança mais importante está na grade dianteira, que recebeu dois frisos centrais. A área cromada diminuiu, e os estribos ficaram mais largos
Crédito:Ford/Divulgação

A picape Ranger 2020 mudou, mas é preciso prestar atenção nos detalhes para encontrar as novidades. Embora a Ford garanta que “mais de 600 peças foram redesenhadas”, é preciso ser meticuloso para encontrar os avanços. Resumidamente, as mudanças estão na dianteira, tampa traseira, suspensão, câmbio e no aumento de eletrônica embarcada.

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Indo diretamente ao que interessa, os preços foram mantidos. Com isso, a unidade topo de linha, Limited,
como a avaliada, permanece custando R$ 188.990. Esse modelo tem cabine dupla, motor 3.2 a diesel de cinco cilindros, câmbio automático de seis marchas e tração 4×4. As vendas da picape, que é produzida na Argentina, começam no final de julho.


Começando pelo exterior, as maiores novidades estão na dianteira. A grade, redesenhada, recebeu dois frisos horizontais, envolvendo o logo da Ford. A parte cromada diminuiu um pouco. O para-choque também mudou, incluindo as luzes de neblina.

Ainda na frente, os faróis agora são compostos de LED (na luz diurna), xenônio (luz baixa) e
lâmpadas halógenas (alta). De acordo com o vice-presidente de assuntos corporativos da Ford, Rogélio Golfarb, a razão de não utilizar integralmente LED deve-se a preço, ainda considerado alto pela empresa.

Compare, abaixo, as duas fotos, para ver as diferenças:

Ela era assim:


E ficou assim:


De lado, as novidades restringem-se ao desenho das rodas e ao estribo. Como pode ser visto nas fotos, no modelo 2019 os estribos eram peças tubulares, que não ofereciam apoio tão bom aos pés como os novos, que ficaram mais largos.

Na traseira, a principal novidade é o sistema de molas que deixou a tampa bem mais leve. Segundo a Ford, o modelo anterior exercia um peso de 12 kg, difícil de ser controlado na fase final de abertura. Por causa disso, era preciso utilizar ambas as mãos. Com o mecanismo interno, esse peso caiu para 3 kg, informa a fabricante.

Entrando, a primeira coisa que se nota é que agora a versão Limited recebeu chave presencial e botão de partida. Há leves mudanças também no console e alavanca de câmbio. Para comparar a sutileza, aí vão as fotos:


Ela era assim:

E agora está assim:


Ranger é a mais avançada em termos de tecnologia

As demais novidades estão ligadas à tecnologia, suspensão e uma pequena mudança no câmbio. A Ranger recebeu assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestres, monitoramento de pressão de pneus e reconhecimento de sinais de trânsito. Nesse caso, a câmera lê placas de velocidade e mostra o limite no painel, para alertar o motorista.


Nesse aspecto, a Ranger está bem à frente da concorrência. Isso porque, além desses itens, a picape da Ford já oferecia sistemas como manutenção de faixa com correção de volante, controle de velocidade adaptativo (acompanha o ritmo do trânsito) e farol alto automático. Nesse caso, o farol baixa se o sistema detectar veículo à frente, indo ou vindo.

Suspensão de acordo com a versão

A suspensão foi recalibrada, para melhorar o conforto. Uma das queixas dos usuários era de que a Ranger era muito firme. A Ford recalibrou a carga de molas e amortecedores de modo a deixar a picape mais macia, independentemente da versão. Além disso, reposicionou a barra estabilizadora, para melhorar a dirigibilidade. Ela ficava à frente dos amortecedores dianteiros, mas agora passou para trás.


Até hoje, a Ranger tinha apenas um padrão de ajuste. Isso resultava em comportamentos diferentes em uma picape básica e em um modelo topo de linha. De acordo com a Ford, a diferença de peso da Ranger XL para a Limited chega a 350 kg (de 1.900 para 2.250 kg). Agora, as versões mais básicas (XL e XLS), equipadas com motor a diesel 2.2 de quatro cilindros e 160 cv, têm um ajuste, enquanto a XLT e Limited receberam outra calibração.

O câmbio automático também passou por pequenas mudanças, sendo que a principal foi a troca do fluido de câmbio. Com a adoção de um óleo de maior viscosidade, a Ford garante que as retomadas de velocidade melhoraram.

Conforto agrada

Durante a avaliação, feita em trechos de terra e estradas asfaltadas, o modelo mostrou bom comportamento. Ainda sacoleja um pouco sobre pisos acidentados, como é comum em uma picape vazia, mas nada que comprometa o conforto interno.


O modelo agrada tanto para quem vai na frente como para quem ocupa o amplo banco traseiro. Além de espaço de sobra, o acabamento é bom. Quando acelerado, o ruído do motorzão 3.2 de cinco cilindros invade a cabine e o carro deslancha com facilidade, especialmente se a alavanca de câmbio estiver no modo “S”.

De acordo com a Ford, a Ranger tem capacidade de travessia de trechos com até 80 cm de água. Na versão Limited, o modelo vem com sete air bags e ar-condicionado digital de duas zonas. A garantia, de cinco anos, é a maior da categoria.


Entre os pontos negativos, a tampa do porta-luvas desce de uma vez quando aberta. Não há sistema de mola, que amorteça a queda. Da mesma forma, falta amortecimento também aos apoios de mão, no teto, que voltam de uma vez quando soltos. Por fim, a coluna de direção não tem ajuste de profundidade (move apenas em altura).

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.