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Mercedes quer redefinir o luxo elétrico com o conceito Vision EQS
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Mercedes quer redefinir o luxo elétrico com o conceito Vision EQS

Marca apontou no Salão de Frankfurt que quer ser a marca mais lembrada quando o assunto for luxo e carro elétrico

Diego Ortiz, DE FRANKFURT, ALEMANHA, COM e Redação

10 de set, 2019 · 5 minutos de leitura.

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vision eqs
Mercedes-Benz EQS vai estrear a nova tela multimídia gigante da marca
Crédito:Diego Ortiz/Estadão

Já que o assunto é carro elétrico, a Mercedes mostrou no Salão de Frankfurt que quer ficar nos holofotes do tema. Mostrou o sedã Vision EQS, um modelo movido a energia elétrica que leva o luxo ao seu estado da arte. Ele antecipa o sedã com jeito de cupê que chegará às ruas nos próximos anos. O EQS usa uma nova plataforma modular para carros elétricos. Ela pode ser alongada para aumentar o número de baterias.

O Vision EQS tem motores elétricos nos eixos dianteiro e traseiro, o que causa como efeito colateral a tração ser integral. São 475 cv e 77,5 mkgf, força suficiente para levar o carro de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, com velocidade máxima de 200 km/h. A autonomia citada pela marca é de 700 km, com até 80% da capacidade das baterias carregadas em menos de 20 minutos. Isso em uma tomada de 350 kW.

Por dentro, a inspiração do Vision EQS são os iates de luxo. Painel e portas formam uma única superfície, e há uma tela gigante no centro e outras nas portas. Completam a ostentação faróis holográficos e 299 estrelas da marca na traseira formando as lanternas.

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“EQ” é representação de família elétrica da Mercedes-Benz

O novo conceito EQS, faz a junção das letras EQ, que a marca tem usado para seus veículos elétricos, com o S, que faz referência aos modelos mais luxuosos da marca, como o sedã Classe S. Dentro desse conceito é importante guardar os nomes, já que o EQS não é o primeiro produzido.

A marca já apresentou, em versão de produção o EQC, SUV elétrico com dimensões equivalentes a um GLC, porém 100% elétrico. O modelo, inclusive, já está confirmado para o Brasil em 2020 na versão 400. Essa opção tem 408 cv oriundas de dois motores elétricos e 78 mkgf.


A autonomia do pacote de baterias de 80 kWH de íons de lítio é de 450 km. Esse alcance é suficiente, em tese, para cobrir a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, com apenas uma carga na bateria. Com o carregador normal em uma tomada de 220V são 7,5 horas para a recarga. Usando o carregador rápido, de 440V, 80% da carga chega em apenas 50 minutos.

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DIEGO ORTIZ/ESTADÃO

Em condições normais de uso, o EQC 400 é movido pelo motor traseiro. Em ultrapassagens ou em caso de necessidade de acelerações mais vigorosas, entra em ação o dianteiro. E o SUV passa a ter tração 4×4.


O Mercedes-Benz EQC 400 tem 4,76 metros de comprimento, 1,62 m de altura e 2,87 m de distância entre os eixos. Essas dimensões são menores que as do e-tron. No Audi são 4,9 metros de comprimento e 2,93 m de entre-eixos.

O outro produto da gama EQ é o EQV, uma van com dimensões próximas ao Vito Tourer. Que é a versão de passageiro da van abaixo da Sprinter que é produzida na Argentina. O EQV tem 405 km de autonomia e a carga da bateria, dependendo do método de recarga pode chegar a 80% em menos de uma hora, como o EQC.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”