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Carros que já são os mais vendidos em 2019
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Carros que já são os mais vendidos em 2019

Confira quais são nossas apostas para os carros mais vendidos em 2019

Rafaela Borges

15 de set, 2019 · 12 minutos de leitura.

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Compass carros mais vendidos
Jeep Compass
Crédito:Werther Santana/Estadão

O ano de 2019 ainda não terminou, mas já dá para saber quais deverão ser os carros mais vendidos do Brasil em alguns segmentos. Faltando quatro meses para o encerramento da “temporada”, ao menos quatro modelos estão com a “vida ganha”.

O Onix será o carro mais vendido do Brasil em 2019, o quarto ano seguido. Esta é uma afirmação que dá para fazer sem medo de errar.

O hatch da Chevrolet nem sequer corre riscos. Ainda mais agora, que a marca confirmou a chegada da nova geração para novembro. O Onix 2020 ficou bem mais moderno, tanto na versão hatch quanto sedã.

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No acumulado de janeiro até agosto, foram vendidas 159.367 unidades do Onix. É mais que a soma dos outros dois postulantes ao cargo de carro mais vendido do Brasil. Estamos falando do Hyundai HB20 e do Ford Ka, o segundo e o terceiro colocados, respectivamente, no ranking nacional de vendas.

O Hyundai somou, de janeiro a agosto deste ano, 70.386 emplacamentos, ante 68.862 do Ford. Se a Chevrolet encerrasse neste momento as vendas do Onix e só voltasse a oferecer o hatch em janeiro do ano que vem ainda assim o ele não seria alcançado pelos rivais. Garantiria sua primeira posição entre os carros mais vendidos.

carros mais vendidos

Chevrolet Onix (Foto: Felipe Rau/Estadão)

 

Para alcançar o Onix, o HB20 precisaria, até dezembro de 2019, registrar vendas de 22,5 mil unidades por mês. A média mensal de vendas do modelo, até agora, é de 8,8 mil exemplares.

Nem mesmo a mudança de geração, no mês que vem, deverá ser capaz de operar esse milagre. Ao contrário. Como a chegada do novo modelo já foi anunciada, há uma tendência de o consumidor esperar, em vez de comprar um dos exemplares “antigos” que ainda estão no estoque das lojas.


Já a briga pelo segundo lugar no ranking dos carros mais vendidos do Brasil em 2019 está aberta. Veja nossas apostas abaixo.

Carros mais vendidos: SUVs médios e sedãs médios

Outros dois modelos que têm suas posições garantidas como carros mais vendidos de seus segmentos são o Corolla e o Compass. O sedã médio da Toyota já passou pelo seu “pior” este ano. Estamos falando da mudança de geração.

O novo Corolla acaba de chegar às lojas. E, nem mesmo durante o período de mudança o modelo sofreu ameaças da concorrência. Para manter o ritmo de vendas no decorrer do ano, a Toyota fez promoções para desovar as últimas unidades do Corolla “velho”.


Toyota Corolla (Foto: Divulgação)

 

De janeiro a agosto, o Corolla somou 36.640 emplacamentos. Isso é quase o resultado da soma das vendas do três principais concorrentes do Toyota no acumulado do ano. De janeiro a agosto, foram emplacados 17.720 Honda Civic, 11.992 Chevrolet Cruze e 8.169 Volkswagen Jetta. No total, os três rivais somaram 37.881 vendas.


Também tem seu posto assegurado entre os carros mais vendidos do Brasil o Compass. Isso apesar da chegada, em 2018, da nova geração do Volkswagen Tiguan, concorrente e tanto. Ainda assim, o Jeep se mantém firme e forte e muito à frente da concorrência no segmento de SUVs médios.

Em porte e preço, o Compass é um SUV médio. Seus números de vendas, porém, são semelhantes aos de compactos, que são mais baratos. No acumulado deste ano, o Jeep somou 39.046 emplacamentos. Bem lá atrás no ranking aparecem o Tiguan, com 8.188 vendas, o Hyundai ix35, com 3.442, e o Chevrolet Equinox, com 3.333.

 


Picape

Outro modelo que não dá bola para a concorrência é a Strada. Apesar de a VW Saveiro também ser boa venda, é virtualmente impossível ultrapassar os emplacamentos da Fiat neste ano.

De janeiro a agosto, foram emplacadas 50 mil Strada no País. Isso é quase o dobro do número de vendas da Saveiro no mesmo período. A picape da Fiat é o quinto modelo a ter posição garantida entre os carros mais vendidos do Brasil em 2019. Ele disputa compradores no segmento de compactas.

 


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Nossa aposta entre os SUVs compactos

A briga mais acirrada pela liderança das vendas será no segmento mais badalado do País, o de SUVs compactos. Até julho deste ano, o Jeep Renegade estava no topo do ranking – e com folga.


Mas a Hyundai atualizou o Creta. O SUV ganhou reestilização e mais itens de série. Resultado: o Creta, que já havia sido o carro mais vendido do segmento em 2018, ultrapassou o Renegade no mês passado. A vantagem do Hyundai foi de mil unidades.

Com isso, o Creta ultrapassou também o Kicks. O Nissan, outro que estava no páreo, perdeu muito espaço em agosto e assumiu o segundo lugar no acumulado do ano entre os SUVs compactos.

 


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Mas o Creta ainda não conquistou o topo do pódio no acumulado do ano. De janeiro a agosto, a vantagem do Renegade é de quase 8 mil unidades. São pouco mais de 44 mil emplacamentos para o Jeep, enquanto  as vendas do Hyundai ficaram um pouco acima dos 36 mil carros.

Para ultrapassar o Renegade em vendas neste ano, o Creta teria de somar uma vantagem de 2 mil exemplares por mês. A tarefa não é impossível, mas bastante difícil.

Por isso, caso não haja nenhuma grande mudanças no panorama até dezembro, o Renegade deverá fechar o ano como o SUV compacto mais vendido do Brasil.


Outras brigas

Entre os mais vendidos do segmento de SUVs de luxo, o BMW X1 tem cerca de 600 exemplares de vantagem sobre o Volvo XC60, segundo colocado. Para essa categoria, a folga é considerável.

Afinal, estamos falando de carros cujas vendas mensais giram em torno das 300 unidades no País. Por isso, nossa aposta para a liderança do segmento é o X1.

No caso das picapes médias, a Hilux ainda não garantiu a vitória, mas caminha para isso. O modelo da Toyota somou 26 mil unidades vendidas no acumulado do ano. A Chevrolet S10 aparece na segunda posição do ranking, com 20 mil emplacamentos. Considerando apenas o mês passado, a S10 chegou bem perto da rival. A diferença em relação à rival foi de apenas 250 exemplares.


Toyota Hilux (Foto: Divulgação)

 

O risco de a Hilux ser ultrapassada é baixo, mas é bom a Toyota ficar de olho. A Chevrolet vem buscando a primeira posição com voracidade.


A disputa pela vice-liderança do mercado (total) brasileiro tem uma briga muito boa. Em agosto, o Ford Ka ficou à frente do HB20. A vantagem foi de mil unidades.

O Hyundai está mudando de geração. Isso pode ser ruim no resultado de setembro, por exemplo. Além disso, considerando os números do segmento, as 1.500 unidades de vantagem do HB20 no acumulado do ano em relação ao Ford não garantem a vitória.

A partir de outubro, com a chegada da nova geração do HB20, tudo pode mudar. O modelo tem tudo para despertar o interesse do consumidor. Assim, apostamos no HB20 para a vice-liderança. A não ser que os preços sejam “assustadores”. Só assim a “sorte” poderá virar para o lado do Ka.


E o Prisma?

A lista de carros garantidos no posto de mais mais vendidos poderia ter cinco integrantes. O Chevrolet Prisma certamente teria fôlego em um período, digamos, normal.

Mas seu substituto está chegando ao mercado. O novo sedã da família Onix mudou de nome. Em vez de Prisma, seu nome é Onix Plus. Por isso, para a dúvida sobre a vitória do Chevrolet em vendas no segmento de sedãs compactos.

Mas nossa aposta permanece no Chevrolet. Em vendas, a vantagem ante os rivais é ampla.


De janeiro a agosto o Prisma somou 56.472 emplacamentos. O Ka Sedan, segundo colocado do segmento, teve 32.051 unidades vendidas no mesmo período. Em terceiro aparece o Virtus. De janeiro a agosto a Volkswagen vendeu 30.108 exemplares do modelo.

Nossa aposta no Chevrolet se mantém mesmo com a mudança de nome. Será chamado agora de Onix Plus, ganhando a nomenclatura Onix Joy Plus com a carroceria antiga.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”