Pode parecer bizarro, mas há quem veja benefícios em meio às queimadas nas florestas na Amazônia, no norte do Brasil. A recém-lançada categoria de rali de carros elétricos Extreme E anunciou que pretende correr em meio às áreas destruídas no estado Pará, quando tiver início, em 2021.
“A Extreme E pretende utilizar sua posição como um esporte revolucionário de classe mundial, como uma ferramenta para lançar luz nos problemas enfrentados por nosso planeta e seus ecossistemas únicos”, disse o CEO da categoria, Alejandro Agag.
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“E há outros lugares relevantes, além da Amazônia”, completou o executivo. Agag, para quem não lembra, é o responsável por criar e manter o sucesso da Formula E, categoria de monopostos elétricos.
Segundo Agag, a área que será utilizada foi destruída pelos incêndios que tomaram a região no último mês. A prova na Amazônia está marcada para ser a segunda do calendário da categoria na temporada de lançamento da Extreme E. A primeira corrida será na Groenlândia.
O foco da categoria será disputar provas em locais que já foram ou atualmente são atingidos por mudanças climáticas. Com isso, a categoria espera levar atenção para o problema de aquecimento global. Ainda não há nenhum fabricante apoiando a categoria.
Carros do Extreme E
O carro que será utilizado é um protótipo criado para a categoria pela empresa Spark Racing Technology. Eles estão passando por testes e começam a ser entregues em março de 2020. Com estilo de SUV, os carros têm motores elétricos que podem entregar até 550 cv para empurrar seus 1.650 kg. Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos.