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O que esperar do SUV baseado no Mustang
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O que esperar do SUV baseado no Mustang

O SUV elétrico inspirado no Mustang é apenas o começo da eletrificação na Ford

Hairton Ponciano Voz

01 de nov, 2019 · 5 minutos de leitura.

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SUV Mustang
SUV elétrico da Ford inspirado no Mustang poderá ficar com este aspecto
Crédito:Kleber Silva/Estadão

Bastou a Ford divulgar um teaser de seu futuro SUV elétrico com linhas inspiradas no Mustang, e pronto. A polêmica estava armada. Afinal, provavelmente até há pouco tempo as três palavras (Mustang, elétrico e SUV) nunca haviam sido proferidas na mesma frase. Seria o mesmo que tentar misturar petróleo e água do mar sem chamar a atenção mundial.

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Bem, a Ford conseguiu. Não, ela não deve ter nenhuma responsabilidade sobre o óleo que está manchando as praias do Nordeste brasileiro. Ela apenas anunciou a intenção de lançar um SUV com motor elétrico e estilo inspirado no do modelo esportivo.

Em um primeiro momento, puristas vão sofrer, reclamar, espernear e chorar. Em um segundo momento, o mundo provavelmente vai agradecer. Os planos da montadora são ambiciosos, e o novo carro, que ainda nem nome tem, é apenas a jogada inicial.


O modelo será revelado em meados de novembro, no Salão de Los Angeles, EUA. E poderá ser semelhante à projeção do designer Kleber Silva, reproduzida acima. Há quem diga que o modelo se chamará Mach 1. Outros apostam em Mach E, numa alusão à eletricidade. Mas o nome não importa tanto, e sim o que ele significa.

Ford quer vender 600 mil elétricos em seis anos na Europa

A Ford planeja vender 600 mil veículos elétricos apenas na Europa nos próximos seis anos. Recentemente, a marca do oval azul firmou um acordo com a Volkswagen e a Rivian para acelerar o processo de lançamento de veículos elétricos. Daí podem surgir não apenas SUVs, mas também picapes elétricas.

O curto vídeo abaixo mostra alguns detalhes do conceito que será mostrado em Los Angeles em pouco mais de duas semanas. Mais precisamente, no dia 18.


O teto tem a típica curvatura de um cupê, além de lanternas traseiras com três filetes verticais, como o Mustang. A dianteira guarda lembranças do Mustang GT350 e GT500.

Graças ao exterior mais arredondado, o SUV se assemelha mais a um automóvel do que a um SUV, com suas linhas mais convencionais, teto alto e dois volumes.


Irmão gêmeo do Mustang

Não é possível afirmar por enquanto se o SUV elétrico poderá ser considerado “irmão gêmeo” do esportivo, mas os detalhes não escondem a semelhança.

De olho na Tesla, o modelo final terá autonomia em torno de 530 km. A expectativa é a de que as vendas comecem no ano que vem. O crossover Tesla Y, recém-lançado, tem autonomia de 480 km.

Infelizmente, ainda faltam muitos detalhes sobre a máquina misteriosa. Mas ela será produzida na fábrica de Flat Rock, Michigan, nos EUA. E não mais na planta de Cuautitlán, no México, como planejado anteriormente.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”