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Comprada pela Kawasaki, Bimota volta à vida para ser divisão de luxo com Tesi H2
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Comprada pela Kawasaki, Bimota volta à vida para ser divisão de luxo com Tesi H2

Bimota retorna ao mercado durante o Salão de Milão para ser divisão de luxo da Kawasaki usando a mesma tecnologia

José Antonio Leme, de Milão, Itália

09 de nov, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Bimota Tesi tem soluções curiosas e muita tecnologia
Crédito:José Antonio Leme/Estadão
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A Kawasaki aproveitou o Salão de Milão para sacramentar o retorno da mítica Bimota à vida. A empresa italiana conhecida por modelos feitos à mão e em baixa escala com materiais de qualidade e exclusividade, agora é parte do grupo Kawasaki. Os japoneses compraram 50,1% da companhia e se tornaram os controladores da marca.

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Além do anúncio, a “nova” companhia já apresentou também seu primeiro produto, a Tesi H2. A esportiva mistura o trem de força da esportiva H2 da Kawasaki ao conceito das motos Tesi. Ela já teve três gerações antes dessa. O motor japonês de 998 cm³ com quatro cilindros e supercharged foi calibrado para entregar ao menos 240 cv, A principal característica dos modelos Tesi é o tipo de acionamento do movimento da roda dianteira. Ele não é feito por um eixo na posição vertical, mas sim por dois braços na horizontal que “puxam” a roda para o lado que ela deve virar. É engenharia em estado de arte.

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O visual abusa de inspiração própria, mas faz uso de soluções encontradas na H2. Itens como o duto central na carenagem frontal para receber o ar no motor e as asas nas laterais para aumentar a pressão aerodinâmica. Da herança da Bimota, uma série de peças usinadas que dão mais qualidade ao acabamento da moto. São itens de alta especificação. Entre elas, o amortecedor da suspensão traseira Ohlins com ajustes e peças de fibra de carbono.

Bimota tem público exclusivo

O grande motivo para a compra da Bimota por parte da Kawasaki é falta de penetração que a empresa. Apesar dos grandes conceitos em termos de tecnologia, a empresa tem público que busca motos com acabamento e uma imagem premium. Ter a sua tecnologia, em uma marca ligada a produção artesanal e reduzida a poucos sortudos era tudo que a empresa japonesa precisava.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”