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Mustang GT 1968 original do filme Bullitt será leiloado
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Mustang GT 1968 original do filme Bullitt será leiloado

Mustang GT Bullitt está em estado original de pintura e estofamento e será leiloado no dia 10 de janeiro

Diego Ortiz

03 de jan, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Bullitt
Ford Mustang GT Bullitt
Crédito:Mecum/Divulgação

O Ford Mustang GT 1968 original do filme Bullitt será leliloado pela Mecum em 10 de janeiro. A história do carro começa quando o Mustang foi dirigido em São Francisco por Steve McQueen durante as filmagens. Tudo se tornou icônico porque esta cena é considerada a primeira de perseguição de carros da história do cinema.

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A Mecum diz que McQueen considerou o Mustang como um personagem e não como um acessório, então ele o modificou. Entre as mudanças, havia uma grade escurecida, rodas Torq Thrust cinza e uma pintura especial para dar uma aparência de carro de uso. O motor também foi modificado para ficar mais alto no cofre.

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O veículo também foi mudado para acomodar câmeras na cena icônica da perseguição. Como parte desse processo, três tubos de metal foram soldados sob os balancins, perpendiculares à linha central do carro, e buracos foram cortados no porta-malas para permitir que os cabos passassem do gerador às câmeras e luzes.

Após o lançamento do filme, o carro foi comprado pelo funcionário da Warner Bross, Robert Ross, que o utilizava para ir e voltar do trabalho. Pouco tempo depois, Ross o vendeu ao detetive Frank Marranca de Nova Jersey, que recebeu a confirmação da Ford de que esse Mustang em particular foi comprado pela Solar Productions, da McQueen, para o Bullitt.


Marranca continuou com o carro por aproximadamente quatro anos. Mas decidiu vendê-lo em 1974. Colocou um pequeno anúncio na edição de outubro da Road & Track que dizia “Mustang dirigido por McQueen no filme Bullitt… Pode ser documentado. Melhor oferta.”

Um Bullitt por 6 mil

Robert Kiernan viu o anúncio e comprou o carro por US$ 6 mil. A esposa de Kiernan usou o Mustang como seu carro diário por vários anos e McQueen supostamente “fez inúmeras tentativas de recuperar o veículo de Robert, oferecendo-se para ajudá-lo a encontrar um Mustang semelhante”. Robert recusou os pedidos de McQueen.

Robert faleceu em 2014. O carro foi entregue a seu filho Sean, que levou o modelo para a estreia do Mustang Bullitt 2019 no Salão de Detroit do ano passado. Agora, o carro será leiloado sem reserva. Embora obviamente tenha sinais de desgaste, Kiernan queria manter o carro o mais original possível. E seu preço estimado para o fim do leilão é de US$ 4 milhões.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”