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Os SUVs são a salvação das marcas de luxo
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Os SUVs são a salvação das marcas de luxo

Bentayga, Urus, Cullinan e DBX vem fazendo as vendas de suas marcas atingirem níveis recorde. Ferrari também se prepara para entrar na briga de SUVs

Redação

25 de jan, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Cullinan fez Rolls-Royce atingir vendas recorde
Crédito:Rolls-Royce/Divulgação
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A Rolls-Royce não poderia estar mais satisfeita por ter entrado no mundo dos SUVs. A marca viu suas vendas aumentarem 25% em 2019 graças ao lançamento do SUV Cullinan. Foram 5.152 carros entregues no ano passdado que, além de um recorde absoluto nos 116 anos de história da marca, representam alta de 1.045 carros em relação a 2018.

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A demanda pelos outros carros da marca, Phantom, Ghost, Wraith e Dawn foi mais forte, mas o SUV foi determinante para a disparada nas vendas. Nem mesmo o visual “diferentão” do Cullinan pareceu afastar os compradores. Pelo contrário, as linhas únicas do SUV de alto luxo fizeram sucesso absoluto.

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Os números da Rolls-Royce só comprovam o que o mercado vem demonstrando há anos. Os SUVs são a salvação das marcas de luxo. A Aston Martin está lançando o DBX, seu primeiro SUV, já descrito pelo CEO da marca como o modelo mais importante da história da Aston.

Segundo o CEO da marca inglesa, Andy Palmer, a importância do DBX está em colocar a Aston Martin em todos os segmentos do mercado de luxo. A marca já tem esportivos, conversíveis e um sedã, e agora um SUV completará a gama.


Oferta criou demanda

Ainda assim, segundo Palmer, o segmento de SUVs de alto luxo cresceu de acordo com a demanda. “Antes do Bentley Bentayga, não havia procura por este tipo de carro, nem por um SUV da Lamborghini ou Rolls-Royce”, afirma o executivo.

O Bentayga, aliás também tem tido papel crucial no aumento das vendas da Bentley. A marca fechou 2019 com mais de 11 mil carros entregues globalmente. É apenas o quarto ano que a marca ultrapassa as 11 mil unidades em 100 anos de história.


Na Lamborghini, o Urus fez as vendas da marca saltarem nada menos que 43% em 2019. O modelo já corresponde por 61% dos carros vendidos pela marca. O ano de 2019 foi o melhor de sua história.

“A equipe entregou outro crescimento substancial nas vendas, nos levando a um marco sem precedentes”, afirmou o CEO da Lamborghini, Stefano Domenicali. Em dois anos, a marca duplicou as vendas, deixando clara a importância do Urus para o crescimento.

Além de venderem mais, os SUVs também ajudam a subir as vendas de outros modelos das marcas. Bentley, Aston Martin, Rolls-Royce e Lamborghini também viram seus esportivos terem vendas melhores após o lançamento dos SUVs. E das marcas de luxo, apenas o Bentayga não é, respectivamente, o mais vendido em sua gama, perdendo para o Continental GT.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.