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Salões de Detroit e Paris são cancelados
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Salões de Detroit e Paris são cancelados

Eventos aconteceriam, respectivamente, em junho e outubro deste ano

Redação

31 de mar, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Detroit
Salão de Detroit seria reformulado
Crédito:NAIAS/Divulgação

Mais dois salões do automóvel muito importantes foram cancelados pelo mundo. As organizações dos eventos realizados em Detroit, Estados Unidos, e Paris, França, fizeram o anúncio em meio à pandemia do novo coronavírus.

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Evento que aconteceria em junho deste ano, o Salão do Automóvel de Detroit (North American International Auto Show) também foi cancelado. O local onde aconteceria o evento, o TCF Center, será transformado em um hospital temporário. O NAIAS já tinha mudado de data para fugir da CES. A maior feira de tecnologia do mundo, que ocorre em janeiro em Las Vegas. E seria reformulado para atrair mais público.

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Para o diretor executivo do Salão, Rod Alberts, “não há nada mais importante para nós do que a saúde, a segurança e o bem-estar dos cidadãos de Detroit e Michigan”. Segundo Alberts, “tornou-se claro” que o “TCF center seria uma opção inevitável” para se transformar em um hospital temporário. Assim, “suprindo as necessidades de saúde urgentes de nossa comunidade”.

O Salão do Automóvel de Detroit volta em junho de 2021.

Salão de Paris não tem nova data

O Salão do Automóvel de Paris (Mondial de L’Auto), estava marcado para o período de 1 a 11 de outubro deste ano. O evento seria realizado no centro de exposições Porte de Versailles. Segundo a organização do Salão, não se conseguirá “manter em sua forma atual o Mondial de L’Auto, na Porte de Versailles, para sua edição 2020″.


Até então, o Salão de Paris, inaugurado há mais de 120 anos, só não tinha sido realizado entre 1939 e 1945, durante e Segunda Guerra Mundial. 

Segundo o comunicado emitido pela organização do evento francês, “nada será como antes”. E, assim, a atual crise “deve nos ensinar a ser ágeis, criativos e mais inovadores do que nunca”. Alguns outros eventos, como o Movin’On e Smart City, “não estão, por hora, em questão”.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”