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Toyota e GM adiam retomada de produção no Brasil para junho
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Toyota e GM adiam retomada de produção no Brasil para junho

Além delas, Honda, Yamaha, Renault, Ford e Hyundai também aumentaram os prazos de parada das linhas de produção

José Antonio Leme

14 de abr, 2020 · 6 minutos de leitura.

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produção
FÁBRICAS CONTINUAM PARADAS ATÉ MAIO EM ALGUNS CASOS
Crédito:Várias fábricas de carros pararam no início da pandemia (Toyota/Divulgação)

A Toyota anunciou ontem (13) que irá adiar o retorno das atividades em suas fábricas no País para o dia 24 de junho. Inicialmente, a interrupção das atividades estava programada para até o dia 22 de abril. Todas as plantas da companhia japonesa ficam no Estado de São Paulo.

Além dela, outras marcas também mudaram o cronograma de parada de suas fábricas, aumentando o período de suspensão das atividade e da produção. Algumas trabalham apenas para auxiliar no reparo e produção de respiradores e ventiladores, apoiadas por unidades do Senai no treinamento para o serviço.

A GM adotou, em acordo com os sindicatos, além da paralisação das fábricas até junho, suspensão dos contratos de trabalho, redução de jornada e de salário. As medidas servem para as fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos, Gravataí (RS), Joinville (SC), Sorocaba, Indaiatuba e Mogi das Cruzes. A redução de salário é de diferentes percentuais, conforme o nível dos funcionários. Até gerência uma hora a menos por dia e 12,5% a menos no salário. Para diretores e níveis acima, o corte no salário é de 25% dos vencimentos.

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A Honda aumentou a parada de suas fábricas de automóveis (Sumaré e Itirapina) e também de motos, em Manaus. As de carro foram de 14 de abril para o dia 27. Já as operações de moto ficam suspensas na capital amazonense até o dia 20 de abril. Também em Manaus, a linha de produção da Yamaha ficará parada até o dia 29 de abril agora (era 19).

No grupo Ford, as fábricas que inicialmente voltariam a funcionar em 6 de abril tiveram a paralisação esticada até 20 de abril para a Troller, em Horizonte (CE). Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Pacheco, na Argentina, ficam paradas até 30 de abril.

O complexo Ayrton Senna, nome do agrupamento de fábricas da Renault em São José dos Pinhais (PR) também teve a paralisação estendida. A parada que era até hoje (14) foi prorrogada até o dia 3 de maio. As fábricas da BMW, em Manaus (AM) para motos e carros em Araquari (SC). Em Piracicaba (SP), na fábrica da Hyundai Motor Brasil, a suspensão que era até 13 de abril foi estendida até 27 de abril.




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Marcopolo é a única que voltou

A única fábrica que já voltou a funcionar no segmento automotivo é a da Marcopolo. As plantas das unidades de Caxias do Sul (RS) e Rio de Janeiro retornaram ontem (13) ao funcionamento. Segundo comunicado, a operação de São Mateus (ES), ainda está em avaliação quando terá o retorno.


Em Caxias, por um decreto municipal, retornaram ao trabalho 25% dos funcionários no turno diurno e 25% no turno noturno, a maioria na área da produção. A empresa tem operações na China, primeiro país atingido pelo coronavírus. A antecipação do retorno pode estar associada à volta das atividades trabalhistas lá para garantir os insumos da produção chinesa.

VOLKSWAGEN

Montadoras já trabalhavam com períodos mais longos de paradas

Outras fábricas já trabalhavam com um período maior de suspensão das atividades. A Mercedes-Benz para até 2 de maio, a FCA até 21 de abril, assim como a PSA (Peugeot-Citroën). A Nissan, em Resende (RJ), fará parada até 22 de abril. A Jaguar Land Rover, em Itatiaia (RJ), está fechada até 27 de abril.


A fábrica da HPE (Mitsubishi e Suzuki), em Catalão (GO), fica parada inicialmente durante abril e maio inteiros. A fábrica da Caoa, em Anápolis (GO), está fechada sem previsão de retorno, seguindo as medidas do governo do estado. A planta de Jacareí, da Caoa Chery, mantém a paralisação já programada até 30 de abril. As fábricas do grupo Volkswagen, que inclui a Audi, já estariam paradas também até 30 de abril.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.