A Honda está reduzindo o tempo entre a apresentação de seus produtos lá fora e a chegada deles aqui. A globalização da linha ajuda nisso e os próximos modelos a entrarem na “dança” serão o Fit e o City. O hatch e o sedã compacto premium, mostrados no final no último trimestre de 2019, foram registrados no Brasil.
Os dois modelos que já são consagrados no País em suas respectivas categorias tiveram suas novas gerações registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O planejamento inicial, pré-pandemia de coronavírus era iniciar com o lançamento do Fit, no final do ano e a chegada do City em 2021.
A ordem é a natural por importância de mercado em termos de volume e produção dos modelos. Além de ter mais tempo de mercado, o Fit vende mais. Em 2019, foram emplacados 24.457 unidades do hatch/monovolume. Já o City teve 14.578 exemplares vendidos. Os dados são da Fenabrave, associação que reúne os concessionários do setor.
Fit
No caso do Fit, vale dizer que ele vai resgatar uma coisa que muitos clientes gostavam: o visual “fofinho”. O modelo tem linhas modernas, mas mais joviais que da atual geração, uma espécie de retorno ao que ele já pregava em termos de visual. Menos quadrado, mais arredondadinho.
Nas imagens que aparecem do INPI, o modelo foi registrado na versão “aventureira”, a Crosstar. Ela traz apliques de plásticos nas caixas de roda, nos para-choques e barras de teto maiores. Com suspensão de altura elevada, a lógica é que a versão substitua o WR-V, que por sua sua vez sucedeu o Fit Twist.
Além dele, o Fit terá, obviamente, as versões com aparência urbana, sem os apliques plásticos e visual mais citadino. Por dentro, o Fit não abrirá mão de sua maior vantagem, o sistema de bancos modulares. Ele ganha também nova central multimídia e o pacote de segurança ativa Honda Sensing. Entre outras coisas, o Sensing traz câmera front, frenagem autônoma de emergência, controle de velocidade adaptativo.
City
Na onda dos rivais que cresceram e ficaram mais elegantes, confortáveis e requintados, o City adotou a mesma postura. O sedã compacto premium vem, mais do que nunca, como um “Mini-Civic”. Com a mesma linguagem visual encontrada no Civic e no Accord, tem luzes de LEDs e uma caída de teto com mais estilo de cupê.
Por dentro ele tem mais espaço para as pernas e ombros e trará assentos mais confortáveis. A central multimídia nova, tal qual no Fit, tem oito polegadas com tela sensível ao toque. Um grande calcanhar de aquile das atuais gerações, ela vai ter uma interface melhor com a integração a Apple CarPlay e Android Auto.
Rivais
Hatch e sedã vão brigar com os mesmos carros em suas versões de dois e três volumes. O Fit vai encarar Volkswagen Polo, Fiat Argo, Ford Ka, Toyota Yaris, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Enquanto o três volumes briga com os equivalentes: Virtus, Cronos, Ka Sedan, Yaris Sedan, Onix Plus e HB20S.
Motores
Sob o capô, o Fit vai estrear o motor 1.0 turbo da Honda no Brasil. Até agora, o público brasileiro só teve acesso as versões 1.5 e 2.0 turbo, que equipam o HR-V e o Civic nas versões Touring e SI e o Accord. O 1.0 turbo, a gasolina, rende 122 cv a 5.500 rpm e 17,6 mkgf 2.000 rpm. Diferentemente dos motores maiores ele deve adotar a tecnologia flexível. Ele chegará depois também ao City.
Lá fora, na Europa, o Fit foi apresentado ainda com um pacote híbrido, além do 1.0 turbo. Esse conjunto não está cotado para o País no primeiro momento. Ele entrega 109 cv e 25,8 mkgf da associação do 1.5 a gasolina com um motor elétrico e uma bateria de íons de lítio.
Ele usa uma transmissão de relação fixa e através de um gerenciamento elétrico é capaz de fazer o trabalho que seria de um câmbio automático convencional ou de um CVT, simulando marchas. Ele traz três modos de condução: EV Drive, Hybrid Drive e Engine Drive.