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Mercado de motos terá ao menos oito novidades até o fim do ano
Lançamentos

Mercado de motos terá ao menos oito novidades até o fim do ano

De scooters a modelos superesportivos, setor de duas rodas terá pelo menos oito estreias na segunda metade do ano

José Antonio Leme

08 de jul, 2020 · 6 minutos de leitura.

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motos
DUCATI PANIGALE V4S
Crédito:DUCATI

Com o retorno da produção das fábricas em Manaus e também das plantas localizadas fora do Brasil, que enviam kits para serem montados aqui, as marcas de motocicletas se preparam para retomar o cronograma de lançamentos de motos, que será intensificado no segundo semestre.



Novidades da Triumph

Da britânica Triumph, as novidades são a naked Street Triple RS e a cruiser Rocket III. As duas foram apresentadas no Salão Duas Rodas, em novembro do ano passado, em São Paulo.

A naked recebeu atualizações no motor de 765 cm³ e três cilindros, que gera 123 cv de potência. Há mudanças no visual, como o novo tanque e o estilo do farol, que ficou mais “agressivo”, tem LEDS e incorpora luzes de uso diurno.

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JOSÉ ANTONIO LEME/ESTADÃO

A segunda geração da Rocket III traz o maior motor de moto feito em série do mundo, com 2,5 litros. O três cilindros gera 167 cv e 22,6 mkgf. A moto virá inicialmente na versão R, mais esportiva. Destaque para as suspensões ajustáveis da Showa e as pedaleiras mais recuadas.

Há ainda quatro modos de condução (road, rain, sport e configurável), auxílio de partida em rampa, chave presencial, partida do motor por botão, controle de velocidade de cruzeiro, manoplas aquecidas e entrada USB sob o banco.


Honda

Da Honda, além do início da venda da linha CB 650, vem aí um novo scooter. Apresentado no Salão Duas Rodas, o ADV 150 pega carona no sucesso do irmão maior, X-ADV 750. Com visual aventureiro, o modelo tem a mesma mecânica do PCX. E, embora a Honda não confirme, há possibilidade de o scooter Forza 300 também vir ao Brasil. Como o modelo é feito na Itália, a recente alta do dólar pode atrapalhar, ou mesmo cancelar, os planos de lançamento.

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Ducati

A Ducati vai atualizar a Panigale V4S. O modelo esportivo vendido no Brasil receberá as aletas nas carenagens, uma de cada lado, que já estão na linha 2020 vendida na Europa. Até então, apenas a versão R tinha esse sistema, que ajuda a gerar mais pressão aerodinâmica em alta velocidade. Além disso, a carenagem tem novas entradas de ar e a rigidez da seção frontal do chassi foi melhorada.


A Royal Enfield Himalayan também ganhou atualizações. O modelo feito na Índia mantém o visual retrô, mas vai passa a oferecer ABS na roda traseira que pode ser desligado – ideal para quem pratica off-road. Para se adequar às normas de emissões de poluentes Euro5, o motor foi ajustado e teve uma leve redução na potência – o torque de 3,2 mkgf foi mantido. A trail ficou 5 kg mais pesada e agora pesa 199 kg.

Outra que apareceu no Salão de Milão e está de malas prontas para o Brasil é a Suzuki V-Strom 1050 de nova geração. A big trail, que agora tem visual inspirado no estilo da DR 750, traz controle de tração e três modos de condução.

A Yamaha deve trazer a MT03 renovada, que também foi apresentada na feira italiana. As mudanças mais impactantes estão no visual. O farol é completamente novo, tem tres fachos e luzes de LEDS. As setas também passaram a ter os diodos emissores de luz.


As mudanças técnicas são as mesmas incorporadas há cerca de um ano à R3, sua versão carenada. Isso inclui suspensão dianteira do tipo invertida. Na traseira, o sistema tem amortecedor único com balança de desenho assimétrico. Segundo informações da Yamaha, isso melhora a estabilidade da roda de trás em frenagens e curvas. O painel de instrumentos digital também é novo. O motor de 321 cm³ e dois cilindros, que gera 42 cv e 3 mkgf, não recebeu atualizações.

JOSÉ ANTONIO LEME/ESTADÃO
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.